TST: trabalhadores solicitam intervenção da ACT na empresa - TVI

TST: trabalhadores solicitam intervenção da ACT na empresa

Trabalhadores dizem que já foram informados que a empresa já foi alvo de uma coima devido aos tempos de disponibilidade

Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) solicitaram esta segunda-feira a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), referindo que foram informados que a empresa já foi alvo de uma coima devido aos tempos de disponibilidade.

Os trabalhadores estão a realizar hoje uma greve de 24 horas, que começou às 03:00, e efetuaram um plenário junto à ACT de Almada, onde foram recebidos.

«Fomos recebidos na ACT de Almada e colocámos ao inspetor responsável as nossas preocupações. Informou-nos que já tinham intercedido junto da empresa, que foi alvo de uma coima de cerca de 48 mil euros, tendo recorrido», disse à Lusa João Saúde, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

Segundo João Saúde, a coima está relacionada com os tempos de disponibilidade, período de tempo em que o trabalhador, embora não esteja obrigado a permanecer no local de trabalho pode ser chamado pela empresa em caso de necessidade.

«O que nos transmitiram na ACT é que estes tempos de disponibilidade são ilegais, que é o que nós pensamos. Pedimos uma nova intervenção da ACT na empresa», afirmou.

O sindicalista referiu ainda que os trabalhadores decidiram realizar uma reunião na quinta-feira entre todos os dirigentes sindicais e estruturas representativas para decidir novas formas de luta na empresa.

A Lusa contactou a TST mas a empresa recusou comentar por não ter sido informada, formalmente, sobre as conclusões do plenário.

Em relação à adesão à greve, fonte oficial da empresa disse que é de 16,29%, enquanto o sindicato recusou avançar números, mas admitiu que paralisação «não teve a adesão desejada».

O sindicalista explicou que os trabalhadores exigem uma melhoria salarial, considerando que os atuais salários são «muito baixos».

«A empresa continua a fazer um caminho de empobrecimento salarial. Os trabalhadores têm muita responsabilidade e ganham 623 euros, o que é muito pouco e lutamos por um salário digno. A empresa tem condições para uma melhoria salarial», explicou.

Em fevereiro, os trabalhadores da TST também realizaram uma greve de 24 horas, com a empresa TST a explicar, na ocasião, que foi aplicada uma atualização salarial de 1%, com efeito a partir de 01 de janeiro deste ano.

A Transportes Sul do Tejo desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal e serve os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, incluindo ligações a Lisboa.
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