Ligações fluviais entre margem sul e Lisboa interrompidas quarta-feira de manhã e à tarde - TVI

Ligações fluviais entre margem sul e Lisboa interrompidas quarta-feira de manhã e à tarde

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  • 27 abr 2021, 16:02
Faz 45 anos no dia 17 de dezembro que foi fundada a Transtejo

Em causa estão plenários de trabalhadores

As ligações fluviais da Transtejo/Soflusa entre a margem sul e Lisboa vão estar interrompidas ao início da manhã e no final do dia de quarta-feira devido a plenários de trabalhadores, não sendo assegurado transporte alternativo pela empresa.

Na sua página da Internet, a Transtejo/Soflusa alerta para a realização de plenários de trabalhadores convocado por organizações sindicais, prevendo a interrupção do serviço regular no período da manhã e ao final do dia.

Contactada pela Lusa, a Transtejo/Soflusa disse “não estar em condições para assegurar transporte alternativo” aos passageiros do transporte fluvial.

Desta forma, a ligação fluvial do Barreiro, assegurada pela Soflusa, vai estar interrompida entre Barreiro - Terreiro do Paço das 07:00 às 10:25 e das 16:00 e às 19:15. No sentido Terreiro do Paço - Barreiro estará interrompido o serviço entre as 07:35 e as 10:55 e das 16:25 às 19:40.

Já as ligações fluviais asseguradas pela Transtejo, desde Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria, vão estar interrompidas entre as 15:30 e as 21:00.

O serviço regular entre Cacilhas - Cais do Sodré estará interrompido das 16:00 às 19h45, Cais do Sodré – Cacilhas das 16:30 às 20:00, entre Montijo - Cais do Sodré das 16:30 às 20:30 e entre Cais do Sodré - Montijo das 15:30 às 20:00.

Também as ligações entre o Seixal e o Cais do Sodré vão sofrer cortes das 16:20 às 20:30 e do Cais do Sodré – Seixal das 15:55 às 20:15. Trafaria - Porto Brandão - Belém estará interrompida das 16:00 às 20h30, Porto Brandão - Belém das 16:10 às 20:40 e Belém - Porto Brandão - Trafaria das 15:30 às 21:00.

De acordo com a nota, em caso de paralisação do serviço regular, os terminais e estações são encerrados, nos períodos indicados, por questões de segurança.

Segundo disse à Lusa Paulo Lopes, sindicalista da FECTRANS - Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, os plenários agendados para quarta-feira acontecem devido ao “descontentamento dos trabalhadores e à postura da empresa”.

Desde o início que a empresa tem a mesma postura negocial, ou seja, zero, continua a afirmar que não tem autorização do Governo para negociar. Desde a primeira reunião que não há avanços”, explicou.

De acordo com o sindicalista, os aumentos ocorridos no ano passado foram “baixíssimos, cerca de 0,3%, o que valeu um euro em muitos casos”, lembrando que os trabalhadores “tiveram de aguentar”.

Este ano já não estão disponíveis para manter a mesma situação”, acrescentou, considerando que a empresa teve uma “postura errada” e que “caiu mal aos trabalhadores”, pois durante a pandemia de covid-19 o que deu como reconhecimento do trabalho foi “um dia de férias”, enquanto em outros sítios houve compensações monetárias.

 

Em algumas carreiras há aproximação ao salário mínimo nacional”, denunciou.

Numa nota enviada à Lusa, a Transtejo/Soflusa reconheceu ter apresentado “uma proposta salarial, para 2021, em linha com a atualização definida para a administração pública”.

As estruturas sindicais representativas dos trabalhadores, considerando insuficiente tal proposta, decidiram ouvir os trabalhadores sobre a mesma, reunindo em plenário de acordo com a legislação laboral vigente”, é referido na nota.

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