Centeno esquiva-se a assumir ou negar acordo escrito com gestores da CGD - TVI

Centeno esquiva-se a assumir ou negar acordo escrito com gestores da CGD

Mário Centeno

Ministro das Finanças diz apenas que compromisso foi o de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. Sem responder se o Governo garantiu por escrito à nova administração que não tinha de apresentar declarações no Constitucional

Evasivo sobre a existência de um acordo escrito entre Governo e nova administração da CGD, que incluiria a entrega de declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional, o ministro das Finanças continuou evasivo. Assumindo apenas, compromissos formais na questão.

É o de que se manterá um banco público, capitalizado de maneira a poder desempenhar o papel que tem de desempenhar no sistema financeiro e na economia portuguesa e um banco que seja competitivo", afirmou Mário Centeno sobre a CGD.

Esse é o compromisso, foi assumido de forma muito explícita interna e externamente. É esse o único compromisso que temos neste momento assumido em relação à Caixa Geral de Depósitos", disse Mário Centeno.

A questão da existência de um eventual acordo por escrito entre o Governo e o presidente da CGD sobre as declarações de rendimentos foi levantada pelo PSD no Parlamento. O Governo foi mesmo desafiado a desmentir a existência de um acordo.

Mário Centeno foi questionado três vezes sobre o assunto. Na última resposta, entre destacar o crescimento da economia portuguesa, o aumento do emprego e a redução da taxa de desemprego, o diálogo construtivo com a Comissão Europeia, em particular com a Direção Geral da Concorrência, e outras "boas notícias para Portugal", foi enigmático quanto baste.

Os acordos que o Governo faz com as instituições internacionais e internamente são refletidos nas decisões que o Governo toma e as alterações legislativas que foram tomadas refletem plenamente os acordos que foram feitos", declarou.

Mário Centeno afirmou também que todos os atores envolvidos no processo da CGD, como a Comissão Europeia, todas as instituições e reguladores financeiros, a sua administração e o Governo português, "estão comprometidos com o objetivo último" de o banco "desempenhar um papel muito relevante na economia portuguesa".

 

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