FMI insiste em cortar salários no privado - TVI

FMI insiste em cortar salários no privado

Relatório da 11ª avaliação da troika a Portugal foi divulgado esta segunda-feira

O FMI insiste em cortes de salários no setor privado, para aumentar o emprego. É uma das conclusões do relatório do Fundo Monetário Internacional à penúltima avaliação ao programa de ajustamento português, que diz também que o crescimento da economia e redução do desemprego estão acima das expetativas.

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Apesar de os custos laborais terem baixado, foi essencialmente através do congelamento de salários, já que os que sofreram cortes são em menor número. Este retrato contraria a posição do Governo que já várias vezes afirmou que o ajustamento no privado está feito.

Governo e FMI discutem corte nas indemnizações por despedimento sem justa causa

O FMI afirma que a rigidez no mercado de trabalho prejudica o emprego.

Já nas pensões, o relatório defende que são imprescindíveis novas medidas baseadas em critérios claros em função da economia, da demografia e seguindo o princípio da progressividade, medidas que têm data marcada para a última avaliação da troika.

FMI apela a consenso político e alerta para riscos negativos

O FMI alerta ainda que o reacender das tensões políticas é um risco, assim como eventuais chumbos do Tribunal Constitucional ao Orçamento de Estado, já que o Governo poderá optar por medidas de «menor qualidade».

Portas sobre a 11ª avaliação: Portugal cumpriu as suas obrigações

Apesar do apetite dos mercados por dívida soberana dos países do Sul estar a fazer baixar os juros, a instituição alerta que o apetite dos investidores pode mudar.

Já no que toca às rendas excessivas ma eletricidade, o FMI considera que estas continuam a pesar demais no preço e nos portos e os benefícios das reformas não estão a ser passados aos utilizadores.

O FMI confirma a extensão do programa até 30 de junho para que possa avaliar os indicadores económicos e a qualidade das medidas mais recentes.
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