Passos Coelho espera contributo do PS para reforma do IRC - TVI

Passos Coelho espera contributo do PS para reforma do IRC

Primeiro-ministro ambiciona regime fiscal mais competitivo para as empresas

Pedro Passos Coelho disse esta quarta-feira esperar o contributo do PS no debate sobre a reforma do IRC, de modo a tornar o regime fiscal para as empresas mais competitivo, alegando que tal só é possível com um apoio amplo.

Numa conferência de imprensa no final de um Conselho Europeu no qual um dos dois grandes temas foi a fiscalidade, Passos Coelho garantiu que o seu executivo está a procurar, «em simultâneo com os esforços de consolidação orçamental», garantir um «tratamento fiscal mais atrativo para as pessoas, mas também para o capital e empresas», recordando que está em marcha um plano de reforma do IRC (imposto sobre rendimento de pessoas coletivas), para o qual espera o contributo do principal partido da oposição.

«Aguardamos pelo trabalho que a comissão que foi designada para este efeito nos vai apresentar em meados de junho (...) O Governo declarou já o seu interesse em poder, nomeadamente em termos políticos, com outros partidos, e também em sede de concertação social, obter um apoio o mais largo possível para essa estratégia poder ser credível e bem-sucedida», disse, justificando essa necessidade com o facto de o horizonte temporal necessário ir além do mandato do atual Governo.

Segundo o primeiro-ministro, «dado que não há margem orçamental para, de um dia para o outro, obter essa competitividade fiscal», e ser preciso apontar ao longo de um conjunto de anos, «provavelmente 6 a 7 anos», o que «vai além do mandato do atual governo», é preciso «encontrar um entendimento o mais alargado possível, de modo a que aquilo que for defendido pelo Governo seja tomado em termos credíveis como realizável».

«Espero, nessa medida, que, mesmo na Assembleia da República, onde esta matéria terá de ser discutida, o PS contribua para poder dar essa longevidade e credibilidade às medidas que possam ser tomadas nesta matéria», disse.

No final da conferência de imprensa, questionado sobre declarações do seu pai ao jornal «i», o primeiro-ministro escusou-se a responder.

«Eu não vou fazer nenhum comentário sobre essas afirmações que foram trazidas por um jornal português, não vou comentar o meu pai», disse.

«Pai de Passos aconselha filho a demitir-se. 'Isto não tem conserto. Entrega isto'» é hoje a manchete do «i», que publica uma notícia com base em declarações do pai do chefe do Governo, António Passos Coelho.
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