Madeira lança campanha "Portugal Tropical" para cativar turistas nacionais - TVI

Madeira lança campanha "Portugal Tropical" para cativar turistas nacionais

  • .
  • Publicada por ALM
  • 15 jun 2020, 15:09
Porto Santo - Madeira (arquivo)

Divulgada através da televisão, de uma rede de ‘mupis’ em Lisboa e Porto e nas redes sociais. Debate do Orçamento Suplementar do arquipélago deverá acontecer no final de julho

A Associação de Promoção da Madeira (APM) vai lançar a campanha “Portugal Tropical”, que pretende desafiar os visitantes oriundos do mercado nacional a descobrir o arquipélago, foi hoje anunciado.

A nova campanha da Madeira pretende mostrar que podemos encontrar nestas ilhas o lado tropical de Portugal”, lê-se numa nota divulgada pela APM.

A campanha começa no dia 15 de junho e divide-se em dois períodos: junho/julho e setembro/outubro.

Segundo a nota da APM, o objetivo é “dar a conhecer a Madeira no mercado nacional, sob um novo ângulo, reforçando a forte componente de natureza e apresentando-se como a opção perfeita para férias de longa duração”.

Esta é uma campanha ousada, que pretende chamar a atenção pelas suas características quase disruptivas e que tem como objetivo dar a conhecer atributos da Madeira que são pouco conhecidos no mercado nacional, nomeadamente a sua natureza exuberante”, escreve o presidente da APM, Nuno Vale.

O responsável destaca que esta região “tem feito um bom trabalho a nível da segurança sanitária, que já mereceu o reconhecimento de organismos, como o site European Best Destinations (Melhores Destinos da Europa), que considerou a Madeira como um dos locais mais seguros na Europa para viajar neste verão, assim como a praia do Porto Santo – uma das mais seguras em toda a Europa”.

“As ilhas da Madeira e Porto Santo são, por isso, o destino ideal para a retoma das viagens”, sublinha Nuno Vale.

De acordo com os dados divulgados domingo, a Madeira tem apenas um caso ativo de covid-19, mantendo o acumulado de 90 infetados, sem qualquer óbito e ausência, neste momento, de doentes a precisar de cuidados hospitalares.

A campanha “Portugal Tropical” salienta que o conceito de viagens levam “o nosso imaginário” para destinos com características como “o mar com temperaturas amenas, praias de água cristalina, uma floresta milenar e paisagens que parecem desenhadas”, muitas vezes em países distantes, mas que podem ser encontrados “aqui tão perto, na Madeira”.

A APM realça a mensagem da campanha com a proclamação “se não fosse tão perto, iria achar que é muito longe”, complementado com as imagens deste destino que parecem “incríveis” e mostram “os verdes das cascatas inesperadas, o azul do mar e o tom quente da luz única da ilha”.

A campanha recorda que a Madeira tem a Floresta Laurissilva, considerada Património Mundial da Humanidade desde 1999, “cascatas de cortar a respiração e as plantas tropicais, que não sendo endémicas, nascem na Madeira como se estivessem em casa”.

O arquipélago é também conhecido pelo ”azul invulgar do mar”, pelas piscinas naturais e pela praia do Porto Santo, com nove quilómetros de extensão, refere a APM.

A campanha não esquece “os aromas e cores das flores e frutos tropicais”, com variedades como as estrelícias, orquídeas, helicónias, hibiscos e próteas, espécies que “nascem de forma natural, para embelezar a ilha”, enquanto os frutos exóticos “oferecem uma viagem de sabores, que ficam guardados na memória como o maracujá, a banana, a papaia, o abacate, a anona, os araçaís e muitos outros”.

“Este ano, viaje para longe, mesmo aqui tão perto. Visite a Madeira!” recomenda a campanha que pretende marcar o arranque do turismo, o principal setor económico da região autónoma que sofreu um duro revés com a pandemia da Covid-19.

“Portugal Tropical” vai ser divulgado através da televisão, de uma rede de ‘mupis’ em Lisboa e Porto e nas redes sociais.

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, antevê que o debate do Orçamento Suplementar da região venha a acontecer na penúltima semana de julho, conforme indicou hoje após a Conferência dos Representantes dos Partidos.

Segundo o representante, o debate do Estado da Região dar-se-á no início de julho, sendo que no dia 01 desse mês será comemorado o Dia da Região Autónoma da Madeira e em 19 o Dia da Assembleia Legislativa da Madeira.

A Conferência dos Representantes marcou vários plenários e agendou três ordens do dia para o mês de julho, concluindo que "será um mês preenchido com muitos trabalhos parlamentares e muitas iniciativas".

Na reunião de hoje foi decidido criar um centro de estudos da autonomia, designado IDEIA - Investigação e Divulgação de Estudos e Informação sobre a Autonomia, uma iniciativa proposta pelo presidente do parlamento madeirense.

Condensar todos os trabalhos já realizados em termos de autonomia da Madeira, fazer direito comparado com outras autonomias europeias e até fora da Europa, preparar trabalhos sobre o sistema de autogoverno da Região Autónoma da Madeira e realizar também sessões que possam dar a conhecer, de forma mais próxima às populações, aquilo que são as nossas Autonomias, competências e poderes", explicou José Manuel Rodrigues.

"Pretende-se, naturalmente, que haja uma revisão da Constituição e do Estatuto que venha dar mais competências e mais poderes quer ao parlamento regional, quer ao governo", acrescentou.

José Manuel Rodrigues sublinhou que, no contexto da crise gerada pela pandemia de covid-19, a Madeira foi confrontada com o facto de “não ter alguns poderes para exercer determinadas competências e tomar determinadas decisões".

A alteração dos limites de endividamento tem gerado polémica na Madeira, com o executivo do arquipélago, de coligação PSD/CDS-PP, a criticar o poder nacional por não responder aos seus apelos sobre a alteração da Lei das Finanças Regionais, de forma a poder recorrer a empréstimos de pelo menos 300 milhões de euros.

O parlamento nacional aprovou na generalidade dois projetos de lei que suspendem a legislação em matéria de endividamento regional e que baixam agora à respetiva comissão na Assembleia da República.

A proposta de Orçamento Suplementar de 2020 do Governo da República, entretanto apresentada, suspende este ano os artigos da Lei das Finanças das Regiões Autónomas relativos ao equilíbrio orçamental e aos limites ao endividamento regional, para permitir respostas aos efeitos da pandemia de covid-19.

Na prática, cada um dos arquipélagos pode este ano aumentar o seu endividamento até ao limite de 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, já que esse valor não será considerado para o efeito da sua dívida total.

Na semana passada, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, disse que o arquipélago “precisa de se financiar o mais rapidamente possível”, sublinhando que se prevê uma perda de receitas fiscais de 195 milhões de euros até dezembro, enquanto os gastos com a covid-19 já atingiram os 120 milhões de euros e deverão chegar aos 170 milhões em 2021.

Na Conferência dos Representantes dos Partidos têm assento o presidente e os vice-presidentes da Assembleia Legislativa da Madeira, os líderes parlamentares do PSD, do PS, do CDS-PP e da JPP, e ainda o deputado único do PCP.

Continue a ler esta notícia