Grécia: «Plano A da Comissão é para que haja um acordo» - TVI

Grécia: «Plano A da Comissão é para que haja um acordo»

Grécia [REUTERS]

Comissário Europeu para o Euro e Diálogo Social alerta que um recuo nos progressos conseguidos até agora teria um «efeito muito negativo»

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A Comissão Europeia reiterou esta terça-feira a vontade de chegar a acordo com a Grécia sobre o programa de assistência ao país, alertando que um recuo nos progressos conseguidos até agora teria um «efeito muito negativo».

«É importante para a Grécia construir sobre o crescimento e não o reverter, não cair na instabilidade financeira, porque isso teria certamente consequências económicas e sociais muito negativas», disse o comissário europeu para o Euro e o Diálogo Social, Valdis Dombrovskis, citado pela Lusa.

Dombrovskis, que falava no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), salientou que as reformas feitas pela Grécia nos últimos anos começaram a dar fruto em 2014, «quando o país regressou à via do crescimento e da criação de emprego».

Também esta terça-feira, o porta-voz de Jean-Claude Juncker, Margaritis Schina, afirmou que o plano que existe é o mesmo de sempre: «um acordo».

«O plano A da comissão é para que haja um acordo a 19. É o único plano que temos em cima da mesa», afirmou o responsável.

Na segunda-feira, os ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), deram um prazo até sexta-feira a Atenas para pedir um prolongamento do programa de assistência financeira em vigor até final do mês, após o fracasso das negociações com a Grécia sobre o pós-troika.

O Governo de Alexis Tsipras quer prolongar o empréstimo, mas não o programa de ajustamento, rejeitando ainda que se leve até ao fim o atual memorando, que termina no dia 28.

Recorde-se que está ainda pendente uma última revisão, pela troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para que seja desembolsada a parte final do empréstimo, no valor de 1,8 mil milhões de euros.

O presidente do Eurogrupo, Jeoren Dijsselbloem, disse na segunda-feira preferir uma solução que passe pela extensão do programa de assistência à Grécia num curto prazo, enquanto se negoceia uma de longo prazo, sublinhando que a iniciativa pertence a Atenas.

Também a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse em Bruxelas que «o contexto adequado» para prosseguir discussões com a Grécia é «uma extensão do programa» e que não haverá mais conversações sem que tal suceda.

Por seu lado, o responsável grego pelas Finanças, Yanis Varoufakis, reiterou a vontade de encontrar um acordo que garanta uma «solução honrosa» para todos, mas advertiu que Atenas não aceita um ultimato da União Europeia (UE).

«Na história da UE, nada de bom surgiu com um ultimato», vincou o ministro.
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