O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidir levar a julgamento o presidente da Brisa, Vasco de Mello, pelo crime de abuso de informação privilegiada numa oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Cimpor.
A decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, de 05 de outubro, é avançada esta quinta-feira pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), sublinhando que o Ministério Público também acusou o presidente da Brisa de abuso de informação privilegiada, crime previsto no Código dos Valores Mobiliários.
Segundo a PGDL, os factos reportam-se a uma ordem de aquisição em bolsa de 50.000 ações da Cimpor e de venda por valor superior ao da aquisição, no contexto da OPA a essa empresa, num momento em que ainda não tinha sido tornada pública a notícia do anúncio preliminar da operação, mas o arguido já tinha conhecimento das negociações.
A PGLD adianta que, na altura, em 2012, o arguido era presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Brisa – Auto Estradas de Portugal e da José de Mello SGPS SA.
Citando o despacho de pronúncia, a PGDL refere também que o arguido tomou as decisões de investimento “com uso, em proveito próprio, de informação que não era conhecida pelo público” e que o colocou em vantagem perante os demais investidores em mercado bolsista, “atentando contra as regras da concorrência e confiança desse mesmo mercado”.
Presidente da Brisa vai ser julgado por causa de OPA sobre a Cimpor
- Redação
- DC
- 5 nov 2015, 16:31
Vasco de Mello é suspeito do crime de abuso de informação privilegiada
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