A atualização de software, no âmbito do dieselgate, foi feita até ao final de 2017 em quase 79% de veículos Volkswagen, Audi, Skoda, informou hoje a SIVA, que prevê que as intervenções possam terminar até março.
Na apresentação de resultados do ano passado, em Lisboa, a SIVA - Sociedade de Importação de Veículos Automóveis explicou estar em causa um universo de 101.600 viaturas e que a solução de ‘software’ está disponível para 99,9% de veículos das marcas que representa.
Até ao final de 2017, foram assim realizadas 79.942 ações, tendo a Volkswagen somado ações em 79,1% das suas viaturas, a Audi 83% e a Skoda 56,9%.
A expectativa é que as intervenções possam terminar no “fim do primeiro trimestre”, mas sem que se totalize os 100% de veículos face à existência de uma "black list", segundo o diretor da SIVA, Pedro Almeida.
O responsável antecipou que as correções no sistema cheguem a “90 ou 91%” até março, já que a lista ‘negra’, atualmente de 7%, deve aumentar.
Nessa lista estão clientes que não se consegue contactar ou que se recusam a levar os automóveis à oficina, com o responsável a avisar que essa opção pode levar a chumbos na inspeção, uma vez que “ação é obrigatória em Portugal”.
Segundo os cálculos do responsável, cada intervenção deve custar entre 30 a 40 euros à fábrica.
A SIVA registou um decréscimo de 4,3% nas vendas de ligeiros para 30.171 veículos em 2017.
Uma investigação nos EUA descobriu em 2015 que a Volkswagen manipulou o dispositivo das emissões poluentes em veículos a gasóleo.
A empresa alemã admitiu a fraude, que envolveu 11 milhões de carros vendidos em todo o mundo.