Numa conferência de imprensa no Ministério da Economia, Pires de Lima disse esta quarta-feira que se limita a dizer o óbvio:
“É desejável que o Novo Banco venha a conhecer aquele que será o seu futuro acionista mais cedo do que tarde e que este período de incerteza e de transição possa ter um epílogo o mais breve possível”.
O responsável sublinhou também que confia “totalmente” no governador e no Banco de Portugal na condução do processo de venda da instituição financeira “de forma competente e diligente”. E continua a reafirmar que "não há qualquer risco" para um défice abaixo dos 3% este ano.
"Estou muito confiante de que no final do ano as nossas contas externas estão positivas e apresentaremos um défice inferior a 3%. O objetivo é 2,7%".
A Comissão Europeia espera a entrega do anteprojeto de Orçamento de Estado para comentar o défice orçamental, que, segundo contas da UTAO, poderá ter sido de 4,9% do PIB no 1.º semestre do ano.
Caso as contas da resolução do BES entrem nas contas do défice, este poderá chegar aos 7,3% do PIB. O ministro da Presidência e Assuntos Parlamentares remeteu no final de agosto o eventual impacto no défice do processo de resolução do extinto BES para futuras decisões pelas instâncias europeias.