Mercado imobiliário disparou em 2016, mas podia ter sido melhor - TVI

Mercado imobiliário disparou em 2016, mas podia ter sido melhor

Casas

Associação do setor culpa o anúncio do imposto sobre o património e os atrasos nos vistos gold para que o crescimento do ano passado tenha ficado aquém das expectativas. Nos últimos dois anos, transações aumentaram 50%

O mercado imobiliário em Portugal cresceu cerca de 50% nos dois últimos anos, mas 2016 ficou aquém das expectativas. A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal culpa o anúncio do novo imposto sobre o património e os atrasos na concessão dos vistos gold.

A minha estimativa de crescimento para o ano de 2016 rondava os 30 a 35% o que não aconteceu devido a algumas situações que provocaram retração e desconfiança junto dos investidores”

As transações imobiliárias no país (urbanas, rúticas e mistas) ficaram-se por um crescimento entre 20% e 25% no ano passado. O presidente da APEMIP, Luís Lima, refere-se, então, ao anúncio da criação de um novo imposto sobre o património, o adicional ao IMI - Imposto Municipal sobre os Imóveis, e ao problema de credibilidade que se está a criar devido aos atrasos na concessão de vistos de residência, ao abrigo do programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (Vistos Gold).

O atraso na concessão dos vistos de residência “está a espantar”, nomeadamente os investidores chineses, que desconfiam da transparência e segurança deste mecanismo. “Se não fossem estes dois casos, creio que o crescimento teria sido ainda maior”, apontou o mesmo responsável, citado pela Lusa.

O representante das imobiliárias acredita que 2017 reúne todas as condições para ser um ano melhor que 2016. A APEMIP estima que em 2017 o mercado imobiliário português assista a um crescimento na ordem dos 30%,.

A retoma do sector imobiliário está mais do que estabelecida e é um mercado com enorme potencial de valorização e de descentralização do investimento nacional e estrangeiro para outras regiões do país, continuando a haver uma aposta na reabilitação urbana para recolocação destes imóveis no mercado, através do arrendamento urbano ou do alojamento local”.

No entanto, “é necessário que este mercado possa funcionar normalmente, sem sobressaltos que possam ser introduzidos por eventuais medidas que afetem a credibilidade que o mercado imobiliário deve ter”.

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