O ministro das Finanças grego sublinhou esta sexta-feira que os mercados não fazem favores a ninguém e que o que fizeram, no caso do perdão da dívida helénica, foi também em «proveito próprio».
Para Evangelos Venizelos, a participação dos credores no programa de troca de obrigações gregas foi «um voto de confiança nas decisões do Eurogrupo e da Zona Euro». Mas, lembrou, «os mercados não concedem favores. Fizeram algo que, nas atuais circunstâncias, foi também para benefício próprio».
O ministro grego falava após uma conference call dos ministros das finanças europeus e não quis deixar de voltar a criticar os fundos de pensões do país que se recusaram a participar do plano. Seis dos 15 fundos geridos pelo Estado grego não quiseram participar. Já ontem Venizelos tinha considerado a atitude inadmissível, especialmente quando fundos de pensões de outros países, que investiram em dívida grega, aceitara m o haircut.
«O Estado grego pagou 152 mil milhões de euros em subsídios nos últimos dez anos ao sistema de fundos de pensões» e «alguns desses fundos, por pequenas razões políticas, ameaçaram este processo ao rejeitarem participar na troca de três mil milhões».
Venizelos acredita que o que se passou na Grécia não vai repetir-se em nenhum outro país da Zona Euro, sublinhando que Atenas tem problemas específicos no plano económico, financeiro e estrutural.
O Eurogrupo, reunido em teleconferência, aprovou esta sexta-feira a entrega de 15,5 mil milhões de euros à Grécia, para a aplicação do plano de troca de obrigações e para pagamento de juros.
Grécia: mercados não fizeram nenhum favor
- Redação
- PGM
- 9 mar 2012, 15:48
Ministro das Finanças lembra que credores agiram também em interesse próprio
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