Estaleiros: Martifer assume subconcessão totalmente - TVI

Estaleiros: Martifer assume subconcessão totalmente

Manifestação dos trabalhadores dos estaleiros em Lisboa [LUSA]

A assinatura do auto de posse dos terrenos e infraestruturas dos estaleiros de Viana está agendada para sexta-feira

A assinatura do auto de posse dos terrenos e infraestruturas dos estaleiros de Viana está agendada para sexta-feira, passando a Martifer a assumir totalmente a subconcessão daquela empresa pública, disse esta quarta-feira à Lusa fonte do Ministério da Defesa Nacional.

De acordo com a mesma fonte, trata-se de um ato administrativo que terá lugar em Lisboa, envolvendo as administrações dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e da Martifer, que venceu o concurso da subconcessão válida até março de 2031.

Contactada pela Lusa, fonte do grupo Martifer confirmou igualmente a assinatura do auto de posse dos terrenos e infraestruturas dos ENVC, acrescentando que sobre o futuro do projeto de Viana a administração «falará oportunamente».

Para gerir esta subconcessão, aquele grupo privado, que já opera os estaleiros da NavalRia em Aveiro, criou a empresa West Sea.

Aquela administração assumiu este mês que contaria ter ao serviço, ao assumir a subconcessão, a 02 de maio, cerca de 50 trabalhadores, recrutados entre os antigos funcionários dos ENVC.

Em março passado, o presidente da West Sea e do grupo Martifer, Carlos Martins, afirmou à Lusa que o recrutamento, tendo em conta o «compromisso» de a empresa criar 400 postos de trabalho em Viana do Castelo, «vai acontecendo ao longo do tempo», dependendo das encomendas.

Adiantou que a prioridade de recrutamento imediata pela West Sea prende-se com a área da reparação naval, que poderá avançar de seguida.

Entretanto, a administração dos ENVC ainda terá de concluir a venda de vário material móvel da empresa - cerca de 20 mil itens - que ficou fora do concurso da subconcessão. Esse processo tem vindo a ser assegurado por cerca de 40 trabalhadores dos ENVC, que, à semelhança dos restantes cerca de 550, aceitaram as rescisões amigáveis dos contratos mas continuam ao serviço, sendo por isso os últimos a saírem da empresa pública.

Segundo a West Sea, além da construção e da reparação naval, o projeto para os estaleiros de Viana, que estão em processo de liquidação, está «muito voltado» para o mercado da prospeção de gás offshore.
Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE