CDS recua e aceita taxa sobre os pensionistas - TVI

CDS recua e aceita taxa sobre os pensionistas

João Almeida desmente no Facebook a informação dada por fonte do Governo. Medida pode ainda não avançar

Notícia atualizada às 19:41

O CDS-PP «aceitou excecionalmente» que «pudesse vir a ser considerada a introdução de uma contribuição de sustentabilidade sobre as pensões», disse uma fonte do Governo aos jornalistas.

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Recorde o que Paulo Portas disse há uma semana sobre a taxa sobre os pensionistas

Entretanto, o porta-voz democrata-cristão, João Almeida, desmentiu esta informação no Facebook: «Sobre a informação que foi posta a circular, dizendo que o CDS cedeu na taxa a aplicar aos pensionistas, só há uma coisa a dizer. É falso.»

«Ficamos como estávamos. Trabalhando para substituir a medida», acrescentou João Almeida na sua página pessoal.

Segundo várias fontes do Governo ouvidas pela TVI, o que o CDS conseguiu foi que a medida seja apenas transitória e não definitiva, como defendia a troika.

Os ministros decidiram hoje, por unanimidade, que ainda vão fazer mais um esforço para tentar encontrar cortes nos seus ministérios que evitem que esta medida tenha de avançar.

O Conselho de Ministros reuniu-se este domingo durante três horas para acertar as condições finais da sétima avaliação da troika.

O braço-de-ferro entre Passos Coelho e Paulo Portas durou mais de uma semana e a TVI sabe que estiveram os dois reunidos este sábado.

«O Conselho de Ministros reuniu para se inteirar da conclusão dos trabalhos relativos ao sétimo exame regular e confirmar as condições necessárias ao seu fecho, de modo a que o senhor ministro de Estado e das Finanças possa delas dar nota nas reuniões que amanhã se iniciam em Bruxelas, do ECOFIN e do Eurogrupo», refere uma nota do Executivo distribuída aos jornalistas.

Após o Conselho de Ministros, Passos Coelho reuniu-se com a comissão permanente do PSD. Esta segunda reunião durou pouco mais de uma hora e, no final, foi divulgado um novo comunicado onde o partido se congratula pelo «acordo entre o Governo e a troika para a conclusão da sétima avaliação».

Os sociais-democratas lembram que esta conclusão é «essencial não só para a transferência de mais uma tranche do empréstimo», mas também para a «confirmação da decisão» do alargamento do prazo do pagamento.
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