O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social tem um objetivo: facilitar o pagamento por parte dos devedores fiscais, garantindo que não se cria o "efeito de bola de neve", como até aqui acontecia.
Esta noite, na TVI24, Vieira da Silva falou do novo plano de combate à fraude e evasão contributivas anunciado no início desta semana. O ministro diz que o Governo vai criar condições para que as pessoas e as empresas paguem, mas preservando o emprego.
A cobrança da dívida, feita de forma a prejudicar a possibilidade de manter a empresa em funcionamento, a curto prazo, pode ter um efeito contrário na arrecadação de receita", explicou.
O governante disse ainda que esta reforma aplica-se às contas bancárias, mas que também vai ser feita nas Finanças.
O ministro afirmou, também, não entender por que nunca foi corrigida a relação entre a máquina fiscal e o contribuinte, que considera ser um erro "grosseiro".
Questionado sobre em quanto espera poder melhorar a receita da Segurança Social com a nova medida, Vieira da Silva respondeu que o "montante global previsto" com todas as medidas apresentadas é de 200 milhões de euros.
É o mínimo que podemos tentar fazer e estou seguro que conseguiremos.”
O governante reconheceu que há uma degradação a nível da taxa de desemprego, mas apontou a questão da sazonalidade, referindo que é a partir deste trimestre que se espera que a economia comece a atingir níveis "mais elevados".
Vieira da Silva indicou ainda que as contribuições para a Segurança Social aumentaram nos primeiros quatro meses do ano perto de 5% face ao ano anterior e que isso “é um sinal positivo”.
Ainda assim, a correção “estrutural” e “profunda” do mercado de emprego é “um desafio pesado” para a sociedade.
Estamos ainda muito longe de recuperar aquilo que perdemos e portanto vai ser um trabalho longo e difícil”, reconheceu Vieira da Silva. "Julgo que uma política económica prudente, mas ambiciosa, é uma política com condições para fazer subir o emprego.”
Na 21.ª Hora da TVI24, o ministro foi ainda confrontado com a recente demissão do presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, Jorge Gaspar,
Ele apresentou-me a sua demissão e as razões que me disse foram meramente pessoais, não eram razões de outra índole.”