"Portugal é dos países da OCDE com maior desigualdade salarial" - TVI

"Portugal é dos países da OCDE com maior desigualdade salarial"

O Ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva (TIAGO PETINGA/LUSA)

Ministro do Trabalho, Vieira da Silva, disse em Paris que "é essencial" que o país "promova a igualdade de rendimentos e combata o desemprego"

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirmou, nesta sexta-feira, que Portugal está entre os países da OCDE com maior desigualdade salarial e assegurou que o atual Governo tudo fará para combater a taxa de desemprego.

“Portugal é um dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com um maior nível de desigualdade de rendimentos. No centro dessa desigualdade está a desigualdade de salários que contribuiu para que exista uma parcela significativa de trabalhadores pobres”, disse o ministro da tutela, em Paris.

Numa intervenção proferida no Fórum de Política sobre o Futuro do Trabalho, promovida pela OCDE, que ocorreu na quinta-feira e hoje em Paris, Vieira da Silva assinalou que é essencial que Portugal promova a igualdade de rendimentos e combata o desemprego.

Tal será feito através da aplicação de medidas que passam pela atualização do salário mínimo, o crédito fiscal para famílias de baixos rendimentos, o reforço das políticas e instrumentos de aprendizagem e qualificação ao longo da vida.

Num cenário global, e no âmbito da OCDE, o ministro assinalou que “as desigualdades de rendimentos atingiram um nível máximo na maioria dos países, considerando as últimas três décadas”.

Nos últimos 30 anos, “dois terços dos países da OCDE testemunharam um aumento das desigualdades de rendimentos nesse período, afetando sobretudo as mulheres, os jovens, os trabalhadores pouco qualificados, os migrantes e os trabalhadores precários”, apontou.

Além de tratar-se de um problema que “afeta a coesão social”, a desigualdade prejudica igualmente “o desempenho económico, uma vez que desincentiva o investimento em capital humano”, considerou ainda o ministro, acrescentando que “a elevada desigualdade de rendimentos significa que a vantagem económica é mais provável ser herdada do que merecida, desencorajando assim o esforço individual”.
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