Santander Totta "claramente contra" nacionalização do Novo Banco - TVI

Santander Totta "claramente contra" nacionalização do Novo Banco

Em conferência de imprensa, depois de o banco ter apresentado resultados, António Vieira Monteiro alertou para os custos dessa opção e não percebe em que é que ajuda ter dois bancos públicos

O Santander Totta é contra a nacionalização do Novo Banco, que o Governo não exclui. A posição do banco foi tomada pelo seu presidente, António Vieira Monteiro, que falou pelo coletivo.

A nossa posição é clara. Somos contra a nacionalização"

E por dois motivos: "Primeiro porque os custos ainda não estão determinados, mas a experiência anterior têm-nos demonstrado que normalmente os custos são muitissimo elevados, segundo não percebo muito bem o que é que fazem dois bancos públicos". 

“Para mim, o mais importante não é quem compra, é que quem compra ponha o banco a funcionar. Se amanhã um fundo comprar o banco e o puser a funcionar e passar a ser outra vez a grande instituição que era, nada tenho a opor”, disse António Vieira Monteiro.

Vieira Monteiro deu esse argumento em conferência de imprensa, a propósito da subida de quase 36% nos lucros do Santander Totta, no ano passado.

Antecipou até "alguma distorção na concorrência" caso a nacionalização seja a opção que vier a ser tomada.

"Excelente integração" do Banif

O grupo espanhol Santander congratulou-se com a “excelente integração” do Banif no Santander Totta e com o aumento dos lucros que o banco registou em Portugal, numa altura em que os seus principais concorrentes “têm problemas significativos”.

Na apresentação dos resultados de 2016 do Grupo Santander, em Madrid, o diretor-delegado sublinhou que o banco em “Portugal fez uma excelente integração do Banif e os lucros cresceram”.

“Estamos quase nos 400 milhões de euros [de lucro], quando os nossos principais concorrentes têm problemas significativos”, acrescentou José António Alvaréz.

Menos 200 trabalhadores em 2016

O resultado do Santander Totta, relativo a 2016, foi positivo em 395,5 milhões de euros. O banco tem uma política de redução de custos que vai continuar, mas o seu presidente recusa falar em despedimentos.

Algumas pessoas poderão sair, por acordos ou por via da reforma"

O banco reduziu cerca de 200 trabalhadores no ano passado. Funcionários que saíram através de acordos, rescisões por mútuo acordo e reformas. Ao longo de 2017 a redução de pessoal deverá então continuar, numa dimensão semelhante.

Sobre o encerramento de agências não deu dados, tendo optado por falar de fusões: 80 agências, tendo agora o banco cerca de 600 em todo o país.

Ficou ainda a promessa, paralelamente, a investimentos "fortes" no digital, já que os clientes estão a preferir, cada vez mais, por fazer operações à distância.

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