Em entrevista à Reuters, o responsável sublinha que “promover a natalidade não é o suficiente” para alterar as tendências demográficas. Para Constâncio, se não se considerar a imigração, “estaremos a criar grandes dificuldades para o crescimento e para o bem-estar das gerações futuras”.
Para o vice-presidente do BCE, a elevada taxa de desemprego na Europa explica a forte reação que tem havido contra a imigração.
“Em termos humanos e sociais, os custos são enormes e as reações que temos visto contra a emigração derivam disso mesmo”
Também o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, declarou esta quarta-feira que a imigração é uma oportunidade para a Alemanha, já que o país tem falta de mão-de-obra.
“A Alemanha deverá fazer um esforço considerável para controlar o fluxo de refugiados”, disse Weidmann ao quotidiano Süddeutsche Zeitung.
“Entretanto, esta imigração oferece também oportunidades que serão ainda maiores se conseguirmos integrar estas pessoas com sucesso na sociedade e no mercado de trabalho”, referiu ainda.