VW rejeita hipótese de deslocalizar produção da Autoeuropa - TVI

VW rejeita hipótese de deslocalizar produção da Autoeuropa

  • (Atualizada às 12:21) ALM com Lusa
  • 13 set 2017, 12:03
Autoeuropa: o balanço da greve

Marca alemã esperar chegar a bom porto nas negociações com os trabalhadores em outubro

O presidente executivo da marca Volkswagen (VW) espera uma solução em outubro para o conflito laboral existente na fábrica da Autoeuropa e afasta a hipótese de transferir a produção do novo modelo T-Roc de Palmela.

"Sim, definitivamente", respondeu Herbert Deiss à questão colocada num encontro com jornalistas portugueses sobre outubro ser a data para chegar a uma solução entre trabalhadores e a administração da Autoeuropa em relação ao trabalho ao sábado para assegurar a produção do novo modelo da marca.

No salão automóvel de Frankfurt, na Alemanha, Herbert Deiss garantiu que o construtor "não está a considerar outras opções" para a produção do T-Roc, realçando que seria "muito dispendioso alterar o local de fabrico".

A administração da Autoeuropa estará a tentar reduzir o número de sábados que cada trabalhador terá de fazer para cumprir os níveis de produção previstos para o novo veículo T-Roc, tinha dito à agência Lusa fonte sindical na passada semana.

Em comunicado, o SITESUL referiu que "a administração da empresa reconheceu que o modelo de horário apresentado continha aspetos negativos para a vida dos trabalhadores, do ponto de vista social, familiar e económico".

Já o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse esta quarta-feira no parlamento que o Governo “não se deve envolver diretamente” no conflito laboral existente na fábrica da Autoeuropa, mas assegurou acompanhamento das negociações na empresa em Palmela.

O Governo tem estado atento ao processo, mas não se deve envolver diretamente nem trazer para a praça pública as questões internas da empresa”, afirmou o governante, que estava a ser ouvido pela comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, na Assembleia da República.

Na história da Autoeuropa em Portugal nunca tinha havido uma greve. A marca alemã representa pouco menos de 1% do Produto Interno Bruto português e tem quase 4.000 trabalhadores ao serviço.

 

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