Greve europeia na Ryanair em discussão a 24 de abril - TVI

Greve europeia na Ryanair em discussão a 24 de abril

  • ALM com Lusa
  • 9 abr 2018, 13:38
Ryanair

Direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil garante que, caso a companhia continue com esta postura, não haverá outra solução

Os sindicatos europeus dos tripulantes de cabine da Ryanair vão reunir-se no próximo dia 24 em Lisboa para discutir uma greve conjunta, que poderá ser em maio, se a transportadora aérea não mudar a sua postura, segundo o SNPVAC.

Em declarações à agência Lusa, Bruno Fialho, da direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), garantiu que “caso a Ryanair continue com esta postura, não haverá outra solução que não seja uma greve a nível europeu” e, face aos prazos legais para a greve de cada país, uma data para a eventual paralisação “tem de sair da reunião.”

“Mas a acontecer, será em maio”, afirmou o dirigente sindical à Lusa, informando que o convite para os sindicatos congéneres foi enviado na sexta-feira.

Em comunicado, o SNPVAC precisou que os sindicatos convidados foram o CNE da Bélgica, o FNV e o VNC da Holanda, o SITCPLA e o USO da Espanha, o UILTRASPORTI, o FIT-CISL, o FILT-CGIL e o ANPAC da Itália, o VER.DI e o UFO da Alemanha, o SNPNC e o UNSA da França, o KAPERS da Suíça e o IMPACT da Irlanda.

A Associação “EurECCA”, que inclui nove sindicatos Europeus, que representa cerca de 35 mil tripulantes de cabine associados, “ou seja, cerca de 70% dos tripulantes europeus, já confirmou a sua presença na reunião”.

Sobre cartas que estão a ser enviadas pela transportadora irlandesa de baixo custo a tripulantes para reuniões em Dublin, o dirigente sindical garantiu que a Ryanair está a “tentar precaver-se da possível greve europeia.”

Bruno Fialho considerou “não haver qualquer fundamento jurídico” para o envio de cartas, cuja convocatória refere “alegada violação da política da empresa de ‘social media’.”

Para o SNPVAC em causa está a greve de três dias não consecutivos no período da Páscoa dos tripulantes com base em Portugal.

Desde o início da paralisação de três dias não consecutivos que o SNPVAC denunciou que a Ryanair contactou tripulantes na Europa para a substituição dos grevistas, violando a lei portuguesa, chegando inclusivamente a fazer ameaças de despedimento.

A transportadora aérea Ryanair informou publicamente que iria usar “aeronaves e tripulantes” de fora do país “se necessário” para cumprir a operação durante a greve dos tripulantes de cabine com base em Portugal.

Os trabalhadores da transportadora exigem que a companhia aérea de baixo custo irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e a retirada de processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo abaixo das metas da empresa.

As comissões parlamentares de Trabalho e de Economia aprovaram a audição no parlamento de representantes da administração da Ryanair, várias associações de aviação e a fiscalização do trabalho sobre esta greve.

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