Crise na Grécia ensombra cimeira do G20 - TVI

Crise na Grécia ensombra cimeira do G20

Líderes das principais economias tentam estancar crise

Relacionados
O primeiro dia da cimeira do G20 foi dominado pela Grécia, com os líderes das principais economias a tentarem estancar o agravamento da crise na Zona Euro depois do primeiro-ministro grego ter anunciado um referendo ao plano de resgate europeu.

A meio da tarde, quando chegaram notícias de que George Papandreou admitia recuar na intenção de chamar os gregos a pronunciarem-se sobre o acordo alcançado no final de Outubro, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, elogiou o «sentido de responsabilidade» do partido da oposição na Grécia, realçando que os líderes europeus têm de enviar uma «mensagem de credibilidade para todo o mundo».

À chegada à reunião, o primeiro-ministro britânico já tinha começado a escrever a mensagem de credibilidade da economia da Zona Euro, revelando que o Reino Unido está disponível para aumentar a sua participação nos empréstimos que o Fundo Monetário Internacional (FMI) faz aos países em dificuldades financeiras.

Vindo do outro lado do Atlântico, o presidente dos Estados Unidos considerou que a União Europeia já deu alguns «passos importantes» para combater a crise das dívidas soberanas, mas alertou para a necessidade de definir «detalhes» do plano de resgate da Zona Euro, instando a chegar a uma solução abrangente.

«Aqui no G20 vamos ter de definir os detalhes de como [o plano de resgate da Zona Euro] poderá ser implementado total e decididamente», disse Barack Obama em Cannes, ao início da manhã, na conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo francês.

O alerta para o perigo de uma reação em cadeia provocada pela crise das dívidas soberanas na União Europeia soou também pela voz do primeiro-ministro japonês, considerando que «é preciso evitar uma reacção em cadeia criada por problemas orçamentais em alguns países».

Entretanto, os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Durão Barroso e Herman Van Rompuy, declararam que a União Europeia continuará a trilhar o caminho para a aplicação de um imposto sobre as transacções financeiras, através de uma carta conjunta divulgada na cimeira.

A cimeira com o grupo de 19 maiores potências económicas e da União Europeia, que em conjunto representam 80 por cento do PIB mundial, prossegue na sexta-feira, aguardando os ecos de Atenas, onde decorrem negociações do primeiro-ministro com o partido da oposição de direita para um governo de coligação.
Continue a ler esta notícia

Relacionados