«Se Grécia sair do euro não será fatal» - TVI

«Se Grécia sair do euro não será fatal»

Grécia

Presidente do banco central da Irlanda diz que teria, contudo, efeito «desestabilizador»

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Um abandono do euro pela Grécia teria um efeito «desestabilizador» sobre a união monetária, mas «não seria necessariamente fatal», afirmou este sábado o governador do banco central da Irlanda, Patrick Honohan.

Durante uma conferência na capital da Estónia, Honohan disse que a saída da Grécia seria «tecnicamente» possível de gerir, embora tivesse consequências sobre a confiança na moeda única.

«[A saída da Grécia] não é necessariamente fatal, embora não seja uma perspetiva atraente», disse Honohan, citado pela agência de notícias financeiras Bloomberg.

Honohan é membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE).

O vice-governador do banco central da Suécia, Per Jansson, disse na sexta-feir, citado pela Lusa, que os bancos centrais da Europa estão a discutir entre si a resposta a uma eventual saída da Grécia da zona euro.

Também na sexta-feira, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, disse que «os riscos de contágio a outros países são agora menores» e que a zona euro «no seu conjunto está mais resistente».

Essas palavras foram hoje repetidas quase na íntegra pelo euro comissário dos Assuntos Económicos Olli Rehn, que afirmou em Tallin que a Europa «está obviamente mais resistente que há dois anos» às consequências de um país sair do euro.

A Grécia atravessa uma grave crise económica a que se acrescenta o impasse político resultante das eleições do domingo passado. Nenhum dos três partidos mais votados nestas eleições conseguiu formar governo; o Presidente grego está hoje em reuniões com representantes dos partidos para tentar formar um executivo unitário e evitar a convocação de novas eleições.

Numa sondagem hoje divulgada pelo diário grego To Vima, 78 por cento dos inquiridos manifestavam-se favoráveis a que a Grécia permaneça na zona euro. Dos 1008 inquiridos pela sondagem, só 12,6 por cento defendiam que a Grécia devia regressar ao dracma.
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