China vai ajudar REN a expandir-se para África e América - TVI

China vai ajudar REN a expandir-se para África e América

REN

Presidente da chinesa State Grid assinou acordo de compra de 25% da empresa

Relacionados
O presidente da chinesa State Grid Corporation afirmou esta terça-feira que ajudará a REN a expandir-se para os países de língua portuguesa em África e para a América do Sul, quando assinava o acordo de compra de 25 por cento da empresa, numa cerimónia em Lisboa.

Com a alienação dos 40% da REN, praticamente 60% do encaixe previsto com as privatizações estão completos.

Liu Zhenya, perante os ministros da Finanças, da Economia e do Emprego e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, disse que a assinatura do acordo «é muito importante para promover o desenvolvimento sustentável da REN, expandir a cooperação das duas empresas e promover a economia e o comércio entre os dois países».

O presidente da State Grid adiantou estar empenhado na «inovação tecnológica e na área da energia renovável» e acrescentou que irá cumprir os compromissos inscritos na privatização.

«Vamos seguir todas as regras e preceitos normativos definidos pelo Governo, respeitando a cultura corporativa da REN», frisou Liu Zhenya, adiantando que irá trabalhar «junto com outros acionistas para promover o desenvolvimento sustentável da REN e contribuir para o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e Portugal».

A State Grid pagou 287,15 milhões de euros por 25 por cento da REN, comprometendo-se a conseguir financiamento de mil milhões de euros através do China Development Bank.

Já o presidente da Oman Oil, Nasser bin Khamis Al Jashm, referiu-se à importância da diversificação do portfólio e da estratégia da empresa de Omã ao comprar 15 por cento da REN: «A nossa estratégia passa por uma expansão e diversificação do nosso portfólio de investimento».

Nasser bin Khamis Al Jashmi adiantou que a REN «é uma empresa reputada com um histórico e um potencial de crescimento forte».

A Oman Oil Company pagou 205,06 milhões de euros por 15 por cento da REN, ou seja, a 2,56 euros por ação, o que representa um prémio de 23,6 por cento.

A empresa chinesa pagou 2,9 euros por ação, ou seja, um prémio de 40 por cento face à cotação do dia anterior à apresentação das propostas (dia 19 de janeiro), que estava em 2,072 euros, perfazendo 287,15 milhões de euros, enquanto a Oman Oil Company pagou 2,56 euros por ação, o que representa um prémio de 23,6 por cento, no total de 205,06 milhões de euros.

Concorrentes que desistiram pretendiam controlar a empresa

O presidente executivo da REN explicou que os concorrentes à privatização da empresa, que desistiram do processo, «pretendiam controlar» a gestora das redes energéticas.

«Alguns dos concorrentes pretendiam o controlo da REN e, a partir do momento em que se tornou claro que o Governo não estava de acordo, desistiram», disse Rui Cartaxo, quando questionado sobre o facto de não haver mais candidatos à alienação da participação pública na empresa além dos dois vencedores.

Em declarações aos jornalistas, à margem da assinatura dos contratos de promessa de compra e venda de uma participação pública de 40 por cento na gestora das redes energéticas, no Ministério das Finanças, o presidente executivo da REN defendeu que «atendendo à situação dos mercados, [o negócio] é muito bom».

Pelo caminho, na corrida à privatização da REN, ficaram os ingleses da National Grid e os americanos da Brookfield Asset Management.

Com o primeiro formalismo para a venda de uma participação pública de 40 por cento cumprido aos chineses da State Grid e aos árabes da Oman Oil Company, o Estado recebe uma primeira tranche de até 160 milhões de euros, de um total de 592,21 milhões de euros, o que representa um prémio de 150 milhões face ao preço do mercado.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE