PSD contra offshores, «não enfia barrete» de críticas à direita - TVI

PSD contra offshores, «não enfia barrete» de críticas à direita

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Elisa Ferreira acusou direita parlamentar de inviabilizar referência à necessidade de combater «offshores»

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O eurodeputado José Silva Peneda afirmou esta terça-feira que a delegação do PSD ao Parlamento Europeu apoia a posição de Elisa Ferreira contra os «paraísos fiscais», rejeitando por isso «enfiar o barrete» das críticas à direita formuladas pela deputada socialista.

Elisa Ferreira, autora do relatório da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários sobre o plano de relançamento da economia europeia proposto pela Comissão, que vai a votos quarta-feira no hemiciclo de Estrasburgo, acusou hoje a «direita parlamentar» de tentar inviabilizar uma referência no texto à necessidade de combater os «offshores».

Em declarações à Lusa, a deputada portuguesa apontou que «curiosamente a direita parlamentar obrigou a eliminar do texto do relatório uma referência explícita à necessidade de combater os paraísos fiscais», ou «offshores», quando até o próprio presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já falou nisso, e indicou que vai recolocar esse parágrafo no plenário, ficando à espera do desfecho da votação.

Silva Peneda, antigo ministro do Emprego de um Governo liderado por Cavaco Silva, afirmou que o Partido Popular Europeu, a maior família política da assembleia, na qual se integra a delegação social-democrata, «é um universo muito grande, e não se pode falar de um universo de uma forma global».

Prova disso mesmo, apontou, é o facto de haver «delegações inteiras» (de vários países) dentro do partido a apoiar propostas da relatora socialista, caso do apoio do PSD à referência aos paraísos fiscais.

«Não enfiamos esse barrete (das críticas à direita). Neste caso estamos precisamente no mesmo barco. Tudo o que seja contra a falta de transparência e combate à corrupção, o PSD está na linha da frente», disse, acrescentando que pessoalmente sempre defendeu o fim dos «offshores», tal como já o disse o próprio presidente do executivo comunitário e antigo presidente social-democrata Durão Barroso.

Sem nunca se referir aos partidos portugueses, Elisa Ferreira defendera que se a direita inviabilizar a aprovação do relatório com uma referência aos paraísos fiscais «também se terá de tirar consequências políticas», já que «as pessoas quando vão votar para o Parlamento Europeu às vezes pensam que é a mesma coisa votar à esquerda ou à direita e votar à direita dá origem a coisas como esta, que são completamente incompreensíveis», rematou.
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