Foi o desporto que os uniu, e foi também o desporto que os separou. A voleibolista brasileira Luiza Ungerer falou pela primeira vez desde a morte de Emiliano Sala, com quem namorava desde 2017, e contou alguns detalhes sobre a forma como os dois se conheceram, bem como sobre a angustia que viveu enquanto o corpo do namorado não foi encontrado.
Em conversa com O Globo, Luiza explicou que a relação começou porque ambos jogavam na cidade de Nantes, ainda que ela se tenha mudado para o campeão francês no início desta época, passando a jogar a 800 quilómetros de Nantes.
Isso, contudo, não afetou a relação dos dois, que passaram o dia de aniversário dela, em janeiro, juntos, devido a uma coincidência do calendário desportivo.
Essa, porém, seria a última vez que estariam juntos, uma vez que poucos dias depois o avião que transportava o jogador argentino para Cardiff desapareceu no Canal da Mancha.
«Sempre tive esperança [que Sala estivesse vivo], porque nessas horas tem que se ter. Até ao momento em que anunciaram que encontraram um corpo tive esperança. Mas ao mesmo tempo, pensava: ‘tomara que seja ele’. Foi muita angústia, de não saber onde está o avião, e de não saber o que vai acontecer, das buscas que não deveriam ter parado. Todos os dias foram angustiantes», aponta.
Agora que pode fazer o luto, Luiza Ungerer decidiu fazer uma tatuagem em homenagem a Sala - que partilhou com a mensagem «Vou amar-te para sempre» e promete: «A partir de agora vou ser feliz por mim e por ele».