Contestação social vai «ser elevada» este ano - TVI

Contestação social vai «ser elevada» este ano

Manifestação em Lisboa (EPA/ANDRE KOSTERS)

CGTP diz que prioridade é a defesa do emprego e salários

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As centrais sindicais prevêem que 2009 possa ser marcado por elevada contestação social, por se tratar de um ano de eleições e por haver algum aproveitamento da crise por alguns empregadores que tentam reduzir as condições de trabalho.

CGTP e UGT consideram normal que em ano eleitoral aumente o tom das reivindicações, independentemente da crise económica em curso, tudo dependendo da postura assumida pelo patronato na contratação colectiva e do efeito das medidas governamentais pelo emprego.

«A CGTP já tem em curso um movimento reivindicativo em todo o país, cuja prioridade é a defesa, nos locais de trabalho, do emprego e dos salário», disse à agência Lusa Arménio Carlos, do executivo da Intersindical.

Mais greves e manifestações

«O movimento reivindicativo e de contestação social tenderá a aumentar no decorrer do ano, em defesa dos direitos laborais e do crescimento real dos salários», disse Arménio Carlos defendendo que o crescimento dos salários «é essencial para dinamizar o mercado interno pela via do consumo».

O sindicalista lembrou que a CGTP já marcou para 13 de Março uma manifestação nacional e os sindicatos de professores marcaram um cordão humano para 7 de Março.

Arménio Carlos admitiu que o facto de 2009 ser um ano de eleições «naturalmente influenciará» o nível de contestação social, que poderá concretizar-se através de greves ou manifestações e concentrações.

O sindicalista considerou que a crise económica só poderá condicionar a participação de trabalhadores de certos sectores em acções de luta através do medo.

O secretário-geral da UGT também considerou que a crise económica não vai inibir a contestação social, podendo até contribuir para o seu aumento, dado que alguns patrões estão a aproveitar a situação para condicionar a contratação colectiva.

«Ou o patronato tem um comportamento responsável na negociação colectiva ou a conflitualidade social vai aumentar», disse João Proença.
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