O crescimento do Produto Interno Bruto nos Estados-membros em 2012 e 2013 «não será suficiente para garantir uma melhoria no mercado de trabalho», admitiu esta quinta-feira a Comissão Europeia.
Num relatório hoje divulgado em Bruxelas, o executivo comunitário nota que o crescimento do emprego «seguiu a tímida recuperação económica dos últimos dois anos», com um ganho de 1,5 milhões de empregos até meados de 2011 que constrasta com os seis milhões de empregos «perdidos durante a recessão».
A Comissão admite também que uma «grande parte» nos empregos entretanto criados resulta de «contratos temporários», e aponta ainda as «debilidades estruturais» dos Estados-membros durante 2009 e 2010, e a crescente desigualdade entre os mesmos no que refere ao emprego e à pobreza.
Nesse campo, Bruxelas alerta que 115 milhões de europeus (23 por cento da população da União) estavam em risco de pobreza ou exclusão social em 2010, face a 114 milhões em 2009.
As conclusões contidas no relatório da Comissão Europeia serão integradas nas directrizes económicas dos Estados-membros para o próximo «semestre europeu», conjunto de alíneas de coordenação das políticas económicas na Europa.
O documento da «Comissão Barroso» surge no dia em que o Eurostat avançou que o número de pessoas empregadas na Zona Euro cresceu 0,2% no terceiro trimestre do ano por comparação com igual trimestre de 2010, com Portugal a contrariar a tendência e a cair 0,8%.
De acordo com os números divulgados pelo gabinete de estatísticas europeu, no total dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) a queda entre Julho e Setembro foi de 0,1%.
UE não cresce o suficiente para melhorar mercado de trabalho
- Redação
- VC
- 15 dez 2011, 14:13
Até 2013 não há luz ao fundo do túnel
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