Portugueses são os que começam a trabalhar mais cedo - TVI

Portugueses são os que começam a trabalhar mais cedo

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Saída de casa dos pais só ocorre 4 anos depois da primeira experiência laboral

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Os portugueses são os europeus que começam a trabalhar mais cedo, mas estão entre os que saem mais tarde de casa dos pais, revela o Inquérito Social Europeu, um estudo que desde 2001 compara os valores e atitudes sociais na Europa.

A terceira fase do inquérito, iniciada em 2006 e apresentada esta quinta-feira no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, indica que «Portugal é o país onde, em média, a primeira experiência laboral acontece mais cedo, em torno dos 17,7 anos».

A partir de entrevistas face-a-face realizadas em casa de 2.222 portugueses, entre Outubro de 2006 e Fevereiro de 2007, o ESS III (na sigla em inglês) revela que as «entradas no mercado de trabalho mais precoces não se traduzem, no entanto, em imediata transição residencial».

Em Portugal, diz a «Lusa», a saída de casa dos pais só ocorre, em média, quatro anos depois da primeira experiência laboral, ou seja, aos 21 anos.

A idade para a entrada no mercado de trabalho em Portugal está muito perto da média do que acontece na Alemanha e na Suíça, ligeiramente abaixo dos 18 anos, mas no extremo oposto de países com sistemas de ensino obrigatório mais longos e consolidados há mais tempo, como a Estónia, a Eslovénia e a Bulgária, onde o primeiro emprego só aparece depois dos 20 anos de idade.

«Já na Bulgária ou no Chipre, à entrada no mercado de trabalho, apesar de tardia, sucede a independência da casa parental, não chegando a um ano o intervalo que medeia essas transições», refere o estudo desenvolvido em países comunitários e não-comunitários.

A Estónia é o único país onde esta transição é «invertida», ou seja, o abandono da casa dos pais acontece mesmo antes da entrada no mercado de trabalho.
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