Endesa vai voltar ao mercado de electricidade em Portugal - TVI

Endesa vai voltar ao mercado de electricidade em Portugal

Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal

Empresa quer conquistar 3000 clientes até 2010, o que corresponde a uma quota de mercado de 10%

A Endesa vai voltar ao mercado liberalizado de electricidade em Portugal, pretendendo conquistar 3.000 clientes até 2010, o que corresponde a uma quota de mercado de 10 por cento, afirmou esta quarta-feira o director-geral da Endesa Energia, Javier Uriarte, avança a Lusa.

O objectivo da Endesa Energia, nesta primeira fase, é conquistar grandes clientes tendo desde Janeiro conseguido 150 clientes, num total de 300 a 400 postos de consumo, acrescentou, num encontro com jornalistas onde estiveram também presentes o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, e o director de Comercialização Portugal, Francisco Rueda.

A Endesa abandonou o mercado livre em Portugal em 2007 devido ao quadro regulatório que considerava desfavorável e decidiu agora voltar, depois da entidade reguladora para os serviços energéticos (ERSE) ter definido as tarifas para 2009, que a empresa considera atractivas.

«A partir de Dezembro de 2008 estabeleceram-se tarifas que corrigem a componente energia, de forma que o mercado liberalizado voltou a ser atractivo, sobretudo no segmento de média tensão».

A Endesa chegou a ter oito por cento da quota total do mercado de electricidade português e 54 por cento do mercado liberalizado, vendendo três terawats/hora (TWh).

A decisão de sair do mercado liberalizado provocou à empresa um prejuízo de cerca de oito milhões de euros com a manutenção dos compromissos já firmados com os clientes.

O responsável afirmou que a Endesa está «de volta ao mercado com muito interesse», mas não deverá entrar para já no segmento doméstico. «É um mercado interessante, mas necessitamos que a regulação seja mais clara do ponto de vista da estabilidade do reconhecimento de custos na tarifa e nas regras de interligação».

Javier Uriarte relembrou que o Acordo de Santiago de Compostela, firmado entre Portugal e Espanha prevê que as tarifas acabem em 2010 e que, caso se cumpra, a empresa tem condições para entrar em pleno mercado livre e conquistar 500 mil clientes.
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