Crise pode ser «uma boa altura para investir» - TVI

Crise pode ser «uma boa altura para investir»

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Projecto pode dar emprego a mais 200 pessoas

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«Quando desenhámos o modelo de negócios não contávamos com a crise», afirmou o director industrial da Artenius-Sines, um ano após o arranque deste empreendimento, defendendo no entanto que esta «pode ser uma boa altura para investir».

«Este investimento, relativamente à crise, torna-se mais competitivo, porque houve valores relacionados com a construção que baixaram e, relativamente ao mercado, é o melhor momento para construir», afirmou Rui Toscano, director industrial da Artenius-Sines, empresa do grupo espanhol La Seda, em entrevista à agência Lusa.

A crise não intimida Rui Toscano, que considera que este até é «o momento adequado para fazer este investimento», previsto em 400 milhões de euros, esperando que «quando estiver concluído e quando tiver arrancado, o mercado esteja numa lógica de procura e que seja possível maximizar os objectivos» a que se propôs a empresa.

Prevêem facturação anual de 500 milhões de euros

A Artenius-Sines mantém a previsão optimista de «produção anual de 700 mil toneladas de PTA [matéria prima extraída do crude]», bem como de uma «facturação anual de 500 milhões de euros, dos quais 95 por cento em exportações», garantiu o director industrial.

Rui Toscano justifica este optimismo por o PTA ser «uma das matérias primas que permite a produção do PET, que dá origem às embalagens, portanto está ligado à indústria alimentar, que não é aquela que mais sofre neste momento de crise».

Além disso, «esta a unidade é a mais moderna da Europa na produção de PTA, e também do ponto de vista dos custos, aquela que mais eficácia tecnológica tem, portanto do ponto de vista financeiro e económico será bastante interessante, quer para Portugal, quer para outros países».

O facto de se instalar próximo da refinaria da Galp, de onde vem a sua matéria-prima, bem como do Porto de Sines, justificam, na opinião de Rui Toscano, «o mérito deste projecto», considerado PIN (Projecto de Interesse Nacional), por se «relacionar com empresas nacionais e também por o produto se poder destinar a fábricas que estão em Portugal, como é o caso da Artenius-Portalegre [produtora de PET]».

«No momento em que nós temos uma série de empresas que estão com constrangimentos, este projecto é determinante, pode dar emprego, mantêm-se os 150 postos de emprego directos que estavam inicialmente delineados e os 200 postos indirectos», salientou.

Em fase de obra, a Artenius fez questão de contratar três empresas de construção portuguesas, a Somague, a Martifer e a Engiarte, «com um número elevadíssimo de trabalhadores, que podem atingir um pico de quase mil trabalhadores, em Agosto», destacou o director industrial.
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