O Ministério Público (MP) vai recorrer do acórdão que absolveu o antigo presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, e outros dois ex-administradores da instituição, Salvador Fezas Vital e Paulo Guichard, do crime de burla qualificada.
"O Ministério Público vai recorrer da decisão", informou à agência Lusa o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República.
O coletivo de juízes, presidido por Nuno Salpico, absolveu os três ex-gestores do BPP, considerando que não se verificaram os pressupostos relacionados com a acusação de burla qualificada, já que "o dolo e o enriquecimento próprio, ou de terceiros imputáveis aos arguidos, não se verificam".
A decisão do coletivo de juízes, conhecida na passada sexta-feira, motivou uma reação de João Rendeiro, numa nota às redações.
“Não tenho dúvidas de que esta decisão arrasadora para a investigação do Ministério Público não poderá ser ignorada nos processos que ainda estão a decorrer”, refere o ex-gestor do banco.
E reitera que “esta decisão prova que a Justiça se faz nos Tribunais e não na comunicação social. Todos os que apostaram – e foram muitos – no populismo mediático e no julgamento em praça pública perderam”.