Lucho González: «O Vítor Pereira teria hoje maior reconhecimento» - TVI

Lucho González: «O Vítor Pereira teria hoje maior reconhecimento»

Ex-jogador do FC Porto em exclusivo

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Jesualdo Ferreira, sobretudo Jesualdo, mas também Marcelo Bielsa e Paulo Autuori, já para não falar de Vítor Pereira. Estes são os treinadores que melhor perceberam o futebol de Lucho González. Paulo Fonseca também merece algumas palavras, pois terá chegado «demasiado cedo» ao FC Porto no entender de 'El Comandante'. Entrevista ao Maisfutebol.

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Maisfutebol – Qual foi o treinador que melhor entendeu o futebol do Lucho Gonzalez?
Lucho González – O Jesualdo Ferreira. Ensinou-me muito, obrigou-me a aprender conceitos novos, a olhar para o futebol de outra maneira. E tenho de falar do Marcelo Bielsa, claro. A maioria dos jogadores argentinos que foram treinados pelo Bielsa dizem que ele é um homem marcante. E é. Aqui no Brasil também conheci outro treinador especial, o Paulo Autuori. Treinou o Vitória de Guimarães e o Benfica em Portugal. Adorei trabalhar com ele, passou-me valores únicos.

MF – O que faz do Marcelo Bielsa tão especial?
LG – É honesto, direto, simples, não nos deixa relaxar em momento algum. Quer sempre um pouco mais e tem um discurso de auto-motivação impressionante. Leva-nos a acreditar que é possível tocar o impossível. É um homem do detalhe, da análise minuciosa ao adversário e ao nosso próprio futebol. Não deixa passar nada, nada.

MF – No FC Porto trabalhou dois anos com o Vítor Pereira. Gostou?
LG – Foi ele que aprovou o meu regresso ao FC Porto e não me esqueço disso. Sempre teve a capacidade de saber liderar, de indicar o caminho à equipa. Foi um dos poucos campeões da história do futebol português sem uma única derrota. Hoje em dia, com tudo o que está a acontecer ao FC Porto, o reconhecimento de todos pelo trabalho do Vítor Pereira seria ainda maior.  

MF – O último treinador que teve no FC Porto foi o Paulo Fonseca.
LG – Ele chegou de um clube mais pequeno, as ideias eram diferentes e ele procurou ajuda nos jogadores mais experientes. Eu era um deles e tentei ajudar em tudo o que pude. Não tenho nada a apontar ao Paulo. Perdi o contacto com ele, mas fico muito feliz com a carreira que construiu. Tenho a certeza de que o FC Porto lhe serviu de aprendizagem. Talvez tenha chegado lá demasiado cedo. A pressão é outra, a imprensa é outra, as ideias são outras.  

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