«O Luís Castro e o João Brandão têm muita qualidade» - TVI

«O Luís Castro e o João Brandão têm muita qualidade»

Entrevista a Luizão, médio brasileiro emprestado pelo FC Porto ao Vorskla – Parte II

Relacionados

Luiz Gustavo Novaes Palhares, 22 anos. Nasceu e cresceu em - e no - São Paulo, chegando à Europa e a Portugal em 2017, para representar o FC Porto.

Em duas épocas nos dragões, fez 73 jogos e três golos pela equipa B. Venceu, na primeira, a Premier League International Cup, com António Folha ao leme. Pelo meio, um dos maiores momentos, após alguns treinos com Sérgio Conceição no Olival. A 13 de outubro de 2017, a estreia e o único jogo pela equipa principal portista. Foi no Restelo, ante o Lusitano Évora, para a Taça de Portugal. Rendeu Aboubakar ao minuto 52.

Hoje, ao fim de uma época na Ucrânia, cedido ao Vorskla, clube pelo qual chegou à final da Taça, afirma a vontade de regressar para tentar triunfar. Tem contrato até 2022.

Nesta parte II, a época na Ucrânia, o futebol e a vida a leste e os elogios ao Shakhtar de Luís Castro e do antigo técnico, João Brandão.

_

Maisfutebol (MF) – Depois do Brasil e Portugal, no FC Porto, rumou emprestado à Ucrânia. Como está a ser a experiência?
Luizão (L) –
Muito boa. Vim com o intuito de ganhar mais experiência e creio que estou a conseguir. Fiz a maioria dos jogos, os que não fiz foi por alguns problemas musculares. Estou a ter muitos minutos. Consegui, com a equipa, chegar à final da Taça da Ucrânia. Está a ser bom para mim aqui.

MF – Essa final da Taça foi na semana passada, perderam nos penáltis [8-7, com o Dínamo Kiev]. O Luizão até marcou um deles. Custou perder dessa forma?
L –
É sempre doloroso, mas fiquei feliz por ter vindo aqui. É o primeiro ano numa primeira liga, fazer tantos jogos, chegar a uma final de uma Taça, jogar contra o Dínamo… um jogo bem disputado que levámos para os penáltis. Consegui marcar de penálti, mas infelizmente não saímos campeões.

MF – Vem do Brasil para Portugal e agora para um país mais a leste. Como foi a adaptação à Ucrânia, ao futebol e à vida?
L –
Eu sempre gostei de desafios. O FC Porto propôs eu vir para a Ucrânia, mas o que também contou bastante na minha vinda, foi que aqui tinha um brasileiro. Ele já sabia muita coisa aqui, a língua, como era a cidade, o clube. Quando cheguei comecei a ter aulas de ucraniano e russo e fui-me desenvolvendo, fazendo amizades. Acostumei-me à cidade, ao clube e aos jogadores. Foi fluindo.

MF – E o futebol, de Portugal para a Ucrânia? Muito diferente?
L –
O jogo em Portugal é intenso, não se pode parar em momento algum. Mas a intensidade em Portugal é tanto ataque e defesa, como posse de bola. Aqui não há tanto a posse. Quando temos bola procuramos atacar, não descansar com bola. Aqui é mais ataca-defende, ataca-defende.

MF – Nesta época, o já campeão Shakhtar tem um treinador português, Luís Castro, que treinava a equipa B do FC Porto antes de o Luizão chegar a Portugal. Como foi defrontar esse Shakhtar com um português do outro lado, com passado no FC Porto?
L –
Até é bom falar sobre isso: o adjunto do Luís Castro é o João Brandão, que quando eu estava na equipa B do FC Porto era meu treinador. Antes de vir para cá perguntei-lhe como era o campeonato. Deu-me umas dicas. No primeiro jogo com o Shakhtar, eu não joguei. No segundo, joguei, vencemos 1-0. Cumprimentei o mister, falei com ele depois do jogo. O Shakhtar na Ucrânia é muito forte. O Luís Castro e o João Brandão têm muita qualidade, são inteligentes e até por isso o Shakhtar foi campeão.

MF- Satisfeito com a experiência na Ucrânia? Não se arrepende?
L –
De forma alguma. Foi aqui que tive bastantes minutos na primeira liga, ganhei mais experiência, até pelo facto de ser um estilo de jogo diferente. Foi uma boa escolha, para voltar forte para Portugal para, quem sabe, ter uma oportunidade de ficar na equipa A.

Continue a ler esta notícia

Relacionados