Lionel? Não, Paulo. Mas podem chamar-lhe Messi - TVI

Lionel? Não, Paulo. Mas podem chamar-lhe Messi

Sósia Messi (Arquivo pessoal)

Paulo Vítor ficou famoso por uma incrível parecença com o astro argentino e acalenta o sonho de um dia conhecer o seu «clone»

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No relógio faltavam poucos minutos para as 23h00 quando soou o apito final.

No televisor o Brasil humilhara a Argentina com um imponente 3-0, limpando em parte a imagem deixada pela goleada sofrida diante da Alemanha dois anos antes, eternizada como ‘Mineirazo.

Paulo Vítor assistiu com atenção a essa partida de apuramento para o Mundial 2018 e no final foi invadido por um misto de emoções.

Não é que seja adepto de futebol, na realidade não o é, mas quis o destino (e a genética) que fosse parecido com alguém em especial. E logo um rival: Lionel Messi.

Paulo Vítor é sósia do astro argentino e há menos de um mês decidiu criar uma conta nas redes sociais para o mostrar ao mundo.

Tudo começou com uma brincadeira, mas depressa virou caso sério. As parecenças de Paulo com a estrela argentina valeram-lhe já a fama que muitos procuram durante toda a vida, contou o próprio, em conversa com o Maisfutebol.

Criei uma conta no twitter para gozar com uns amigos e também para mostrar ao Brasil o quanto sou parecido com o Messi. Foi tudo uma brincadeira. Só que ao terceiro dia já estava nos sites de todo o mundo»

Tal como a bola quando toca naquele pé esquerdo de Messi, tudo «rolou» de forma rápida na vida de Paulo.

Profissional no ramo da gestão pública, o jovem de 26 anos virou celebridade em Palmas, estado de Tocantins. As redes sociais serviram de catapulta para outros palcos.

«Abri a conta há menos de um mês e já tenho 5 mil seguidores. Já sou conhecido em todo o Brasil e é por respeito pelos meus fãs que ainda estou nisto», sublinhou.

Fotos, vídeos, mensagens. Os fãs pedem-lhe um pouco e Paulo vai tentando corresponder como pode. Isto da fama afinal dá muito trabalho, traz consigo alguns haters, mas vai valendo um sorriso no final do dia.

Fama é bom, mas o carinho não tem preço. A minha intenção era ser feliz apenas, não imaginava que faria outras tantas também. Pedem-me coisas para mostrar aos amigos. É muito engraçado. Não quero ser o Messi porque não preciso, já sou a cara dele (risos)»

Ao que parece, nem mesmo a tradicional rivalidade entre brasileiros e argentinos tem repercussões neste estranho caso de Paulo Vítor.

«Tenho muitos fãs na Argentina, apesar de saberem que sou brasileiro. Não sabia que o Messi era tão querido pelas pessoas. Ele é ‘o cara’, mesmo no Brasil. Não há rivalidade, somos todos irmãos. O desporto serve para unir, não para ser uma guerra», vincou.

Messi, vem me conhecer!

Como qualquer admirador, Paulo acalenta o sonho de um dia vir a conhecer o ídolo, algo que se podia ter concretizado na quinta-feira, não fossem os cerca de 1500 quilómetros de distância entre Palmas e Belo Horizonte, onde decorreu o jogo.

Mas, visto que a internet lhe abriu novos horizontes, o brasileiro decidiu arriscar.

O meu sonho era conhecê-lo. Lancei até uma campanha no meu twitter. Se conseguir vou dar-lhe um grande abraço e dizer-lhe que sou muito fã e que o adoro. Estou até arrepiado só de pensar!»

O desejado encontro com Messi serviria, nem que seja, como um tira-teimas.

«Preciso de saber se realmente sou igual a ele. Nestes dias vi uma foto do Messi no telemóvel de um amigo meu e julguei que era eu (risos). No fundo acho que ele já me conhece. Todo o mundo me conhece, já apareci na TV e tudo», considerou.

Apesar de reconhecer muita qualidade em Cristiano Ronaldo, «’o cara’ depois de Messi», Paulo gostava de ver argentino erguer a Bola de Ouro em janeiro, uma espécie de prenda de aniversário atrasada.

Tirando isso, quando o assunto são confrontos com brasileiros, não há cá Messi para ninguém. O tal misto de sentimentos naquela noite foi, portanto, bastante efémero.

«O Brasil arrasou. Não fiquei nada triste pelo Messi, fiquei sim feliz pela minha pátria. Não ligo a futebol embora siga o Barcelona e a Argentina, duas grandes equipas, mas não posso negar as minhas raízes», lembrou.

Conheceu a fama por culpa da genética, o que não é caso único, ainda assim é daquelas coisas capazes de espantar qualquer um, até o «verdadeiro».

Paulo lá vai dizendo: «não sou sósia, prefiro que me chamem humorista. Eu sou eu, Messi é Messi. O que importa é ser feliz e fazer as pessoas felizes».

E um dia receber a tão esperada notícia.

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