«De há um ano para cá tento desfrutar de tudo, sei que é menos um dia que tenho» - TVI

«De há um ano para cá tento desfrutar de tudo, sei que é menos um dia que tenho»

Hoquei em patins: Sporting-FC Porto

Pedro Gil em entrevista exclusiva ao Maisfutebol

«O FC Porto está no meu coração, mas defendo o Sporting até à morte»

Pedro Gil: «Fiz coisas más, mas de certeza que fiz muito mais coisas boas»

«Desinvestir nas modalidades? Quem está à frente tem uma visão realista»

[artigo publicado originalmente às 23h55 de 27 de maio]

Pedro Gil, o jogador de hóquei em patins, dispensa apresentações. E o homem, como é?

(envergonhado) Não há muito para dizer, sou uma pessoa muito simples e muito reservada, que gosta de estar com os seus - família, animais e amigos - em casa e que basicamente leva a vida de casa-treino e treino-casa. Não tenho grandes hobbies, sou muito focado no hóquei em patins e nas pessoas que me são próximas.

Não tem grandes hobbies, mas tem um grande vício...

Sim, as tatuagens são um vício (risos).

Quantas tem... sabe ou já perdeu a conta?

Já perdi a conta, devem ser umas 50.

Têm todas significado?

Não, nem todas. Algumas têm a ver com a minha família e com a minha carreira, outras são animais fortes com os quais me identifico - leão, tigre, dragão -, e outras foram feitas para encher ou porque o tatuador quis fazer.

E ainda há espaço para mais?

Há, claro, arranja-se sempre (risos).

E para si, no hóquei em patins? Tem 39 anos e joga há mais de 20....

Não sei dizer com que idade acabarei ou dizer o momento exato, a única certeza que tenho é que quero acabar em boa forma. Não me quero arrastar. De há algum tempo para cá, penso ano a ano porque não sei o que o corpo me vai deixar fazer.

Mas, e ao fim de tanto tempo, continua motivado?

Claro! Continuo super-motivado e acordo todos os dias com vontade de treinar e de ser melhor, porque sei que posso melhorar sempre alguma coisa.

E se terminasse agora a carreira, estava mais do que satisfeito com tudo aquilo que fez e conquistou?

Sim, mais pelo que fiz, e faço, do que pelos títulos. Os títulos, ainda que obviamente goste muito de os ganhar, dizem-me pouco. Interessa-me mais o meu trabalho diário, o querer ser melhor todos os dias e mostrar-me a mim mesmo que sou o melhor ou dos melhores nos treinos e nos jogos.

E quando terminar a carreira pensa ser treinador ou imagina-se a fazer outra coisa?

Já tenho o curso e fiz estágio nos juniores do FC Porto e nos sub-20 do Marmi. Gostei muito disso e gosto muito de ensinar os miúdos, mas para já não quero pensar nisso e sim em jogar que é algo de que gosto muito. O que eu gosto mesmo é de jogar e andar lá dentro a divertir-me. Sei que aquilo que fizer a seguir não vai ser tão bom, que não vou gostar tanto. Por isso, de há um ano para cá, tento desfrutar de todos os treinos e jogos porque sei que é menos um dia que tenho.

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