«Eu e o Eder garantimos que os franceses não esquecem o Euro» - TVI

«Eu e o Eder garantimos que os franceses não esquecem o Euro»

Rony Lopes (foto Lille)

Emprestado pelo Monaco ao Lille, Rony Lopes fala sobre um início de época agridoce, num momento em que uma lesão o afasta dos relvados

Relacionados

Emprestado pelo Monaco ao Lille, Rony Lopes começou a época embalado: dois golos marcados em sete jogos, em que foi sempre titular. Mas em termos coletivos o arranque de temporada não foi tão bom, com a formação francesa a passar por uma crise de resultados e a ser, inclusive, eliminada da Liga Europa. Em entrevista ao Maisfutebol, o jovem faz o balanço deste início de época, numa altura em que uma lesão o afastou dos relvados.

«Tenho grande expectativa em relação a esta época e comecei muito bem em termos individuais, a marcar golos e a assistir os meus companheiros. Mas o momento da equipa foi complicado, perdemos pontos onde não esperávamos e saímos cedo demais da Liga Europa».

«O mais difícil da lesão é não poder ajudar os meus companheiros, mas em breve estou de volta», assegurou Rony Lopes, categórico quando questionado sobre se temia que a lesão lhe roube esse embalo com que seguia. «Minimamente. O embalo ganha-se com trabalho e esse, felizmente, tenho continuado a fazer. Sinto a equipa a crescer e sei que quando voltar vou estar bem e cheio de vontade», garantiu.

Depois de quatro épocas no Manchester City, uma delas com empréstimo ao Lille, Rony assinou pelo Mónaco por cinco temporadas, um clube onde tem muitos amigos e é treinado por Leonardo Jardim, um técnico que já disse publicamente admirar. Mas acabou por voltar a ser emprestado.

«Eu não sou nada de me lamentar, acho uma perda de tempo e quando algo corre menos bem sou o primeiro a levantar a cabeça e a olhar em frente», garantiu. E diz que até continua a torcer pelo clube monegasco, com que tem ainda quatro anos de contrato. «Fico feliz ao ver os meus amigos do Mónaco a conseguirem bons resultados. Quero que ganhem todos os jogos, menos contra o Lille».

Além disso, o jogador gostou do destino. «O empréstimo ao Lille foi uma excelente opção porque conheço bem o clube e a cidade, sinto-me muito querido pelos adeptos e tanto a direção como a equipa técnica mostraram muita vontade em poder contar comigo».

Já se sente em casa? «Completamente. Esta é a minha terceira vez em Lille e conheço bem os cantos à casa. Além disso, e talvez mais importante, as pessoas conhecem-me bem. Gosto dos adeptos e da cidade, que é a capital do norte. Tenho amigos fora do futebol e de várias nacionalidades, como marroquinos, argelinos e até o meu barbeiro que é luso-francês».

A jogar em França depois da épica final do Europeu, é inevitável perguntar: Os franceses ainda lhe falam dessa final, ou é tema tabu? «O Eder e eu garantimos que eles não se esquecem do Europeu! Claro que não gozamos com eles até porque a união do grupo é forte, mas quando se tem de mandar uma farpa, mandamos com orgulho em Portugal. Passámos a ser um país vencedor, ainda por cima na casa deles, e isso não se esquece».

Depois de três anos a jogar em Inglaterra, já vai na terceira temporada em França. O jovem médio faz a comparação entre as duas ligas. «As ligas inglesa e francesa são muito semelhantes no aspeto da competitividade e da entrega dos jogadores durante os jogos. Qualquer clube pode ganhar a outro, há surpresas todas as semanas. Mas em termos de jogo são diferentes, com futebol mais físico aqui em França e mais técnico em Inglaterra até porque os clubes ingleses conseguem atrair alguns dos melhores jogadores do mundo, pois financeiramente têm outra capacidade».

E qual acha que se adapta melhor às suas características? «Sou um jogador mais técnico do que físico, mas tenho trabalhado e melhorado muito nesta parte. Se meterem 11 para 11 e uma bola no meio eu sei que tenho capacidade para jogar, seja aqui, no Brasil ou no Zimbabwe. Cabe-me perceber o tipo de jogo que posso fazer contra cada adversário e aproveitar as minhas características ao máximo», frisou.

O regresso a Inglaterra é algo que não põe de parte. «Claro que o futebol inglês é fantástico e se houver uma oportunidade boa de regressar, será com prazer. Mas agora sinto-me bem em França e quero é ajudar o Lille, fazer uma boa época e continuar a minha carreira sempre a crescer».

Continue a ler esta notícia

Relacionados