Diego Godín deu hoje o exemplo perfeito do que é ser líder numa equipa. Aos 64m do jogo frente ao Ath. Bilbao, no lance em que o adversário fez o 2-1, o central uruguaio sentiu o músculo a rasgar e chegou a tirar a braçadeira de capitão para sair de campo.
Acontece que o At. Madrid já tinha esgotado as substituições e a saída do capitão significaria que a equipa iria jogar quase meia-hora em inferioridade numérica. E líder que é líder não abandona a equipa, ainda para mais em desvantagem.
«Estava a sair, mas já não havia substituições, por isso, fiquei. Disse ao treinador que ficava na frente como avançado, porque assim podia conseguir ajudar a equipa, numa bola parada, ou assim», confessou o jogador, no final do jogo, em declarações aos jornalistas espanhóis.»
Explicando que fez «o mínimo esforço para tentar não agravar a lesão» - que estima que o retire dos relvados por 20 dias a um mês - Godín era, contudo, um homem muito satisfeito pela decisão tomada.
«É verdade que foram muitos minutos a jogar lesionado e, sim, pensei sair. Mas também achei que podia ajudar a equipa. Cá fora, não podia fazer nada e lá dentro, mesmo parado, podia ser que ajudasse um pouco», confidenciou, sublinhando: «Tive a minha recompensa».
E qual foi a recompensa? Ora, nem mais nem menos do que o golo que valeu a vitória, já em período de descontos.
«São momentos únicos que o futebol te dá e que te enchem de alegria», resumiu o defesa colchonero.
Quando for preciso dar exemplo do que é ser capitão de equipa - ou líder do que for -, caro leitor, fale em Diego Godín e conte esta história.