Messi: «Nunca iria a tribunal contra o clube da minha vida, por isso fico» - TVI

Messi: «Nunca iria a tribunal contra o clube da minha vida, por isso fico»

Barcelona-Nápoles

Argentino disse que só duas vias poderiam permitir-lhe deixar o Barça. Um braço de ferro judicial ou pagar 700 milhões de euros. Acusou o presidente do clube de não ter cumprido a palavra no final de uma época na qual assumiu não ter encontrado a felicidade de outros tempos

Lionel Messi garantiu que vai permanecer no Barcelona porque, para libertar-se do emblema catalão, teria de pagar 700 milhões de euros.

«Eu pensava que ficava livre. O presidente sempre me disse que no final da temporada podia decidir se ficava ou não e agora agarram-se ao facto de eu não ter comunicado a decisão antes de 10 de junho, quando nessa data estávamos a lutar pela Liga espanhola a meio deste vírus de m**** e desta doença que alterou todas as datas. Este é o motivo pelo qual vou continuar no clube. Vou continuar porque o presidente disse-me que a única forma de sair era pagar a cláusula de 700 milhões, mas isso é impossível. Outra forma era ir para tribunar e eu não iria para tribunal contra o Barça. Nunca, porque é o clube que amo e que me deu tudo desde que cheguei. É o clube da minha vida, fiz a minha vida aqui. O Barça deu-me tudo e eu dei-lhe tudo e nunca me passou pela cabeça levar o Barcelona a tribunal», afirmou o argentino em entrevista ao Goal, acusando Bartomeu de não ter sido honesto. «O presidente sempre me disse que no final da época eu poderia decidir se queria sair ou ficar e no final não cumpriu a palavra.»

Messi assumiu ter deixado a família em choque quando disse que queria sair do clube. «Quando comuniquei isso à minha mulher e aos meus filhos foi um drama bárbaro. Toda a família começou a chorar, os meus filhos não queriam ir embora de Barcelona, nem mudar de escola. Olhei para o futuro e quero competir ao mais alto nível, ganhar títulos, competir na Champions. Podes ganhá-la ou perdê-la, porque é muito difícil, mas há que ser competitivo. E que não se passe o que aconteceu em Roma, Liverpool e em Lisboa», disse numa alusão às três últimas épocas, nas quais os blaugrana falharam na prova. «Tudo isso levou-me a pensar nesta decisão que não levei a cabo», acrescentou.

O jogador de 33 anos, vencedor da Liga dos Campeões em quatro ocasiões e seis vezes Bola de Ouro, admitiu não ter sido feliz no Barcelona no último ano, mas garantiu que mesmo tendo bem presente a ideia de deixar o clube, a decisão nunca seria fácil. «Não era 'vou-me embora e pronto'. Era, 'vou-me embora e custa-me muito'. Queria sair porque queria viver feliz os meus últimos anos de futebol. E neste último ano não encontrei essa felicidade dentro do clube. (...) Sofri muito nos treinos, nos jogos e no balneário», confessou, assegurando que a decisão já estava tomada antes da derrota humilhante com o Bayern Munique por 8-2.

Apesar da relação complicada com a atual direção culé, Messi deixou uma garantia. Enquanto continuar no Barcelona, vai dar tudo pelo clube dentro de campo. «Vou continuar e a minha atitude não vai mudar por mais que eu tivesse querido sair. Vou dar o melhor. Quero sempre ganhar, sou competitivo e não gosto de perder em nada na vida. Quero sempre o melhor para o clube, para os meus colegas e para mim. Não sei o que vai acontecer. Há um treinador novo e uma ideia nova. Isso é bom, mas depois é preciso ver como é que a equipa responde e se isso vai permitir que sejamos competitivos. O que eu posso dizer é que fico e vou dar o máximo», rematou na mesma entrevista ao Goal.

Messi, que não falou sobre o futuro após o verão do próximo ano - quando terminará a ligação ao Barça - disse sempre ter-se imaginado a terminar a carreira com a camisola dos catalães vestida, algo que parece agora difícil (no mínimo) de acontecer.

(artigo atualizado)

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