Robert Moreno, antigo adjunto na seleção espanhola, apresentou esta quinta-feira a sua versão dos factos que levaram à sua saída da seleção, um dia depois do selecionador Luis Enrique o ter acusado de ser «desleal» e de ter uma «ambição excessiva». O antigo selecionador interino esteve dez minutos a falar, numa declaração sem direito a perguntas da parte dos jornalistas, mas o caso está ainda longe de ficar esclarecido.
Roberto Moreno começou por agradecer a Luis Enrique com quem trabalhou nos últimos nove anos, depois de terem começado juntos na formação do Barcelona, passando depois pela Roma, Celta de Vigo, antes de regressarem ao Barça para treinarem a equipa principal. O caminho que os conduziu à liderança da seleção de Espanha.
A rotura, como já se sabe, aconteceu em setembro passado, quando Luis Enrique, depois do regresso, comunicou a Robert Moreno que já não contava com ele. «Disse-me que já não contava comigo, mas sim com o resto da equipa técnica. Fiquei em estado de choque. Todo o staff sabe disto. Ficámos dez dias destroçados. Não percebi o que fiz de mal para ele não contar comigo», revelou.
Roberto Moreno diz que não assistiu à conferência de imprensa em que Luis Enrique apresentou a sua versão dos factos, mas soube o que foi dito através de amigos. «Já demonstrei que não sou como ele procurou etiquetar-me. Não sou assim. Fui o primeiro a ficar contente com o seu regresso, queria que esta equipa ganhasse o Campeonato da Europa», referiu ainda.
A fechar a longa declaração, Roberto Moreno deixou expresso o desejo de voltar a trabalhar rapidamente. «Tenho muita vontade de dirigir, de falar, de fazer conferências de imprensa, a minha paixão é ser treinador. Pouco mais posso dizer. Muito obrigado e até sempre», referiu ainda.