José Eduardo Moniz está incrédulo com as alegadas «manobras inqualificáveis visando o controlo de empresas jornalísticas» que foram divulgadas com as escutas sobre o caso Face Oculta.
«Os acontecimentos dos últimos dias não dão margem a que haja condescendências. O que veio a lume demonstra o enorme desrespeito por princípios elementares da sã convivência democrática», escreve o ex-director-geral da TVI num artigo de opinião no Diário Económico.
Depois de ler os despachos, para Moniz, «percebeu-se que valia tudo, desde o afastamento de profissionais incómodos até à suspensão de programas televisivos não alinhados».
«Tudo terá sido feito, no mínimo, com a complacência do primeiro-ministro», acrescentou.
«O processo relacionado com os acontecimentos na TVI lançam a vergonha sobre o Governo e sobre o seu líder, confirmando aquilo que já se sabia: o seu apetite devorador e destruidor relativamente a tudo e todos que não abdicam da liberdade de pensar e exprimir-se de acordo com os ditames da sua consciência, sem amarras nem obediências à suprema vontade do chefe», criticou.
Para José Eduardo Moniz, tanto a ERC como o Presidente da República «não podem ficar impávidos perante a quantidade (e a qualidade) de dados que se tornaram conhecidos».
«O que se passou na TVI lança vergonha sobre Sócrates»
- tvi24
- CP
- 9 fev 2010, 09:51
José Eduardo Moniz apela à intervenção de Cavaco Silva e da ERC
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