«Primeiro-ministro tem personalidade política bipolar» - TVI

«Primeiro-ministro tem personalidade política bipolar»

José Sócrates

Deputado do PSD, Luís Campos Ferreira, condenou «ameaças» e «tentativas de condicionamento» da comunicação social de Sócrates

O deputado do PSD Luís Campos Ferreira condenou este sábado as «ameaças» e «tentativas de condicionamento» da comunicação social por parte do primeiro-ministro, acusando José Sócrates de ter uma «personalidade política bipolar».

«O primeiro-ministro tem uma personalidade política bipolar, que oscila entre o calimero e o pequeno tirano», afirmou Luís Campos Ferreira, em declarações à Lusa, num comentário às declarações do primeiro-ministro e secretário-geral do PS na sexta-feira à noite, no discurso de abertura do congresso socialista, que decorre este fim-de-semana, em Espinho.

«Vitimização permanente»

Condenando o tom de «ameaça» e «tentativa de condicionamento» do direito de informar e da liberdade de expressão, o deputado social-democrata criticou o discurso de «vitimização permanente» de José Sócrates.

Um discurso que, acrescentou, surge na sequência das «tontarias» do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, de «critica e insulto a alguns orgãos de comunicação social que não obedecem à cartilha».

«Santos Silva malha nos partidos da oposição, o primeiro-ministro entretem-se a malhar nas forças ocultas», sublinhou, sugerindo a José Sócrates que «recorra à magia negra para travar as forças ocultas do mal».

«Não assistia a um discurso destes de um primeiro-ministro praticamente desde o tempo de Vasco Gonçalves», acrescentou ainda Luís Campos Ferreira.

Campanhas negras

Sexta-feira à noite, o secretário-geral do PS queixou-se de ter sido alvo de sucessivas campanhas negras contra a sua dignidade e honra, visando também alguma comunicação social que tem explorado mais estes casos e contrapondo que o poder em democracia está no povo e não «em directores de jornais».

Em nome da «qualidade da democracia» e de uma «ética democrática», sustentou José Sócrates, «é preciso que fique claro que, em democracia, quem governa é quem o povo escolhe - e não qualquer director de jornal com as suas campanhas».
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