Um leão renascido como bulldog - TVI

Um leão renascido como bulldog

Andre Eusébio

André Eusébio chegou cedo ao Sporting, jogou com Ricardo Esgaio, Eric Dier, Francisco Geraldes, Iuri Medeiros e Carlos Mané, mas ficou pelo caminho. O sonho de chegar ao futebol profissional quase morreu, mas agora abriu-se uma nova porta numa universidade do Tennessee, nos Estados Unidos.

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Esta é uma história que demonstra que a vida às vezes proporciona segundas oportunidades. É a história de um jovem jogador que começa por ser Eusébio e que agora é André Silva. Um jogador que aos oito anos recebeu um telefonema de Aurélio Pereira para ir treinar no Sporting numa equipa que contava com Ricardo Esgaio, Filipe Chaby, Francisco Geraldes, Eric Dier, Iuri Medeiros, Carlos Mané, entre outros. Eusébio não teve a mesma sorte dos companheiros e acabou por ficar pelo caminho. O sonho de seguir uma carreira profissional de futebol quase fico extinto nessa altura, mas ressuscitou agora, aos 22 anos, numa universidade no Tennessee, em Jackson, no interior dos Estados Unidos.

Começamos pelo «dia mais feliz» da vida de André Eusébio da Silva, um nome que nos remete de imediato para o futebol. Um rapaz como muitos outros que, aos oito anos, morava em Cascais e jogava nas escolinhas do Estoril. Era sportinguista, mas jogava com o nome de Eusébio na camisola. «Fiz uma época muito boa ainda nas escolinhas e um dia, já estava de férias, estava em casa, a dormir, e ligou-me o Aurélio Pereira. Disse-me que já me tinha visto jogar e perguntou-me se estava interessado em ir para o Sporting. FOI O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA. Combinámos um dia e eu o Paulo Cardoso fomos ter ao restaurante do meu pai, aqui em Cascais, e foi lá que assinei contrato com o Sporting. Era muito jovem, mas lembro-me bem desse dia».

Ainda antes dos nove anos foi integrado na equipa de juvenis de 1994. «Estava lá o Eric Dier, o Carlos Mané, o Ricardo Esgaio. O Iuri Medeiros que, quando veio dos Açores, ficou quinze dias em minha casa porque ainda não tinha onde ficar. Também joguei com o Filipe Chaby. Na altura jogava contra o Bernardo Silva, que estava no Benfica, mas jogávamos na mesma posição», recorda. Ao longo de três anos, o jovem Eusébio cresceu com os companheiros, a treinar três/quatro dias por semana, até chegar aos iniciados e à ambicionada Academia de Alcochete.

Um período em que Eusébio construiu sólidas amizades com companheiros que acabaram por singrar no futebol. «Conheço bem o Francisco Geraldes que está no Moreirense e parece que vai voltar agora para o Sporting [já treina esta terça-feira]. O Mané se o vir também falo com ele. O ano passado encontrei o Bernardo Silva que, apesar de ser do Benfica, dava-me muito bem com ele porque, quando íamos para torneios no estrangeiro, passávamos muito tempo juntos e, em campo, jogávamos na mesma posição. Também falo com o Eric [Dier], que era um dos meus melhores amigos na altura».

 

Mas foi nessa altura que Eusébio sofreu o primeiro revés nas aspirações de chegar a profissional. «Quando fui para a Academia foi o ano em que me quiseram emprestar. Disseram-me que era muito pequenino, queriam emprestar-me ao Belenenses». Quebrava-se aqui a ligação ao Sporting, mas Eusébio continuou a acompanhar o percurso dos antigos companheiros de infância. «Vejo com muito orgulho saber que joguei com eles. Apesar de eu não ter conseguido chegar a esse nível, fico muito orgulhoso. Ver o Eric Dier no Campeonato da Europa a fazer golos, vê-lo a jogar agora no Tottenham e ouvi-lo falar no Sporting, fico orgulhoso com isso, porque cresci ao lado dele e, de certa forma, ajudei-o, a ele, ao Iuri [Medeiros] ao [Carlos] Mané. Sei que não perderam a humildade que sempre tiveram, fico muito contente por isso. É um orgulho ter jogado com eles, foi excelente. Tenho pena de não ter conseguido chegar lá, mas fiz o meu percurso e estou orgulhoso».

Eusébio e a família decidiram, nessa altura, recusar o Belenenses. A primazia era os estudos e o Estoril ficava mais perto de casa. «Foi uma decisão do meu pai. Morava ali no Estoril, já tinha jogado lá desde os quatro anos e resolvi voltar. Joguei lá até aos juniores». Nesta altura, o futebol começava a passar para segundo plano. «Quando era jovem queria ser futebolista, até aos 16 anos, até aos juvenis do Estoril. Mas à medida que fui crescendo comecei a ver que era muito difícil, comecei a meter os estudos à frente, nunca larguei os estudos».

Mas no Estoril, Eusébio ainda chegou a estar a um curto passo de chegar à Liga. «Quis ir para a universidade e quando cheguei a júnior no segundo ano comecei a jogar muito bem e acreditei que era possível chegar à equipa principal do Estoril-Praia. No final da época o mister Marco Silva chamou-me a mim e a mais dois e estivemos uma semana e meia a treinar». O Estoril tinha vindo da II Divisão, mas realizou uma época fenomenal e, contra todas as expetativas, qualificou-se para a Liga Europa. Uma época que renovou as ambições da equipa canarinha que, sob a condução do atual treinador do Hull City apostou forte na época seguinte e Eusébio ficou, mais uma vez, pelo caminho. «Se estivéssemos na II Divisão, se calhar tinha ficado, mas nesse ano o Estoril elevou a fasquia, foi no ano em que se qualificaram para a Liga Europa e em que foram empatar ao Estádio da Luz e tiraram o título ao Benfica. Era aquela equipa onde jogavam o Carlos Eduardo, o Evandro, o Steven Vitória, o Licá, era uma equipa muito forte». As esperanças de André Eusébio esfumaram-se. «Estive lá uma semana e meia a treinar. Depois fiquei à espera que me dissessem alguma coisa, mas não disseram. Também não é um clube que aposte muito na formação e com o plantel que tinham foi normal, apesar de eu achar que tinha qualidade suficiente para integrar o plantel, mas não foi política do clube».

Um revés que voltou a abalar o sonho e as convicções do jovem Eusébio. «Entretanto, mandaram-me para o Sintrense, não com contrato como Estoril, mas com eles a observarem-me. Tinha tudo tratado com o Sintrense, só que quando cheguei lá para assinar, eles tinham contratado um treinador que tinha problemas pessoais comigo e não quis ficar comigo. Foi aí que decidi meter o futebol de parte». O «bichinho» ainda estava lá, Eusébio não largou definitivamente o futebol, mas perdeu a ambição de chegar a profissional. Já com os estudos em primeiro lugar, ainda jogou dois anos no Dramático de Cascais. «Subimos uma vez de divisão e fui o melhor marcador. No ano seguinte quase que subimos de divisão e fui o melhor marcador outra vez, mas nessa época já tinha decidido que ia parar. Morreu um bocado o sonho de ser profissional. No ano a seguir ainda me apareceu o Torreense e a União de Leiria. Cheguei a ir treinar ao Torreense, mas era muito longe de casa e já tinha isto dos Estados Unidos programado, por isso não aceitei».

Nova vida, nova oportunidade, novo nome

É aqui que começa o novo capítulo na vida do jovem Eusébio e a metamorfose de Eusébio para André Silva. «Vi um anúncio no jornal da Next Level que tinha uma parceria com o Sporting. Achei interessante, não disse nada aos meus pais, paguei eu próprio para ir lá fazer uma captação, eles gostaram de mim. Tive várias universidades interessadas e optei por ir para o Tennessee, para Jackson, para a Union University». A prioridade nesta altura eram os estudos, mas a verdade é que o currículo de Eusébio no futebol abriu-lhe a possibilidade de concorrer a uma bolsa. «Foi aí que renasceu o meu sonho de talvez poder vir a ser profissional, não em Portugal, mas nos Estados Unidos. Estou a ter uma experiência muito diferente para um jogador de futebol, mas ao mesmo tempo sinto que, apesar de não ser profissional, levo o futebol muito a sério, apesar de estar a estudar ao mesmo tempo. É uma grande responsabilidade».

Eusébio atravessou o Atlântico e foi para Jackson, no Tenessee, bem no interior dos Estados Unidos para estudar gestão empresarial na Union University e, em simultâneo, foi integrado na equipa de futebol da mesma universidade, os Bulldogs. Ora, quem sabe, não esquece. «Na minha primeira época fui o melhor rookie, o melhor estreante do campeonato, entrei no melhor onze e no segundo melhor onze da conferência que engloba seis Estados e bastantes campeonatos». O sonho de Eusébio voltava a ganhar vida, até porque o futebol universitário nos Estados Unidos é uma catapulta para o futebol profissional. «Eles apostam muito no desporto a nível universitário, até porque não têm ligas inferiores, como nós temos os distritais e o Campeonato de Portugal. Eles vão buscar os jogadores às universidades, tanto no futebol como em qualquer desporto. Os atletas olímpicos saem todas das universidades, não estão em clubes», conta.

É nesta altura que Eusébio passa a ser André Silva. «O meu nome é André Eusébio da Silva. Em Portugal era o Eusébio, mas lá eles não conseguem dizer Eusébio, por isso passei a ser o André», explica. No soccer, como os norte-americanos se referem ao futebol europeu, André descobriu um mundo novo. «É tudo diferente, não só ao nível da organização, porque as ligas são universitárias, só jogo com jogadores da minha idade, mas também é diferente ao nível das regras. É mais parecido com o futsal. Por exemplo, o tempo pára, não há limites para as substituições, podemos estar sempre a substituir, não há empates, tem de se ir a prolongamento e quando há prolongamento, há golo de ouro».

Diferente também ao nível dos treinos e calendário de jogos. «Não é como aqui. Se estivesse no Campeonato de Portugal, treinava quatro vezes por semana e tinha jogo ao domingo, lá não funciona assim. Começa em agosto, temos treinos às seis da manhã, depois temos escola até às duas da tarde, depois temos treino às 15h00 outra vez. Os jogos são à quinta-feira, sábados, terça, depois quinta-feira outra vez. É um campeonato que dura três meses, só que temos três/quatro jogos por semana». Uma liga que começa em agosto e acaba em novembro. «Pode parecer pouco, mas ainda fazemos uns 24 jogos. Eles não alongam para o semestre a seguir porque, como há um mês e meio entre cada semestre, as pessoas têm de ir para casa e não vão ficar só para jogar futebol. Além disso, as temperaturas são muito baixas no inverno, chegam aos 10/15 graus negativos e é muito difícil praticar futebol nessas alturas. Até agosto temos treinos de ginásio e ao ar livre e fazemos três jogos ao longo do semestre. Não podemos fazer mais do que isso, são as regras, mas treinamos três/quatro meses por semana».

A verdade é que, nos Estados Unidos, André consegue conciliar os estudos com o futebol, com um estatuto idêntico aos atletas de alta competição. «Quando temos jogos temos de marcar os exames com os professores para antes ou depois, mas não temos faltas. Quando jogamos fora, como o país é muito grande, fazemos sempre dois jogos seguidos. Não jogamos no país inteiro porque as ligas são divididas por conferências, a minha alberga quatro/cinco Estados. Por exemplo, se formos jogar à Florida, temos lá um jogo na quinta-feira, saímos quarta, vamos de avião, depois, a seguir ao jogo, vamos para o Alabama, jogamos sábado e voltamos para a escola no domingo. Depois segunda-feira temos outra vez aulas. Nessas alturas, quando passamos três/quatro dias fora, temos de levar coisas para estudar», conta.

Os estudos e o futebol estão interligados, até porque sem estudar, André não pode jogar. «É complicado porque estamos com a cabeça no jogo, com a cabeça no futebol, mas ao mesmo tempo não nos podemos esquecer da nossa responsabilidade que é a escola porque se não tivermos boas notas e não passarmos nos exames, não podemos jogar. Temos de ter uma média, não podemos chumbar a nenhuma cadeira, se não deixamos de ser elegíveis para jogar. Não é uma regra da escola, é mesmo do país, eles querem jogadores bons, mas jogadores bons em termos futebolísticos e em termos académicos. Querem ter a certeza que se um jogador não chegar ao nível profissional tenha um futuro garantido. É uma coisa que em Portugal não ia conseguir fazer se fosse para o Campeonato de Portugal».

O futebol universitário acaba por ser extremamente competitivo, até porque tem muitos estudantes europeus. «Jogo contra mutos franceses, muitos islandeses, ingleses e escoceses. A minha equipa tem doze ou treze europeus e mais quatro brasileiros. Somos quatro portugueses, temos um da Irlanda do Norte outro finlandês, o treinador é escocês. As outras equipas também são todas basicamente assim, como muitos treinadores europeus. É raro encontrar mais portugueses, a nossa escola quis quatro, não sei porquê, mas em todas as outras equipas com que joguei, só encontrei mais um português. Encontro mais brasileiros e ingleses».

Falta também o culto de adeptos, mas André Eusébio nota que, nesse sentido, as coisas estão a mudar. «O nosso estádio tem capacidade para duas mil pessoas, mas há estádios universitários, por exemplo em Memphis, que têm capacidade para 5/6 mil pessoas. Quem vai aos jogos são os estudantes, antigos alunos e pessoas de mais idade que andaram na universidade e gostam de futebol. As pessoas da cidade também vão, mas é muito difícil termos estádio cheio porque as pessoas aqui ainda não ligam muito ao futebol. O futebol não está muito enraizado. Mas nota-se que está a crescer cada vez mais, na nossa universidade não tanto, mas já fomos a universidades em que já têm claques organizadas de alunos, muita gente mais velha que notamos que não são alunos que vão ali só para ver o desporto. Eles têm muito orgulho na universidade de cada cidade. Apoiam a universidade qualquer que seja o desporto e isso nota-se muito. As pessoas que vão ver o futebol também vão ver os jogos de baseball e de basquetebol e apoiam da mesma maneira. Podem não ter paixão pelo desporto, mas gostam de ir ao estádio para apoiar, são orgulhosos da equipa deles. Acabamos o jogo e vêm-nos dar os parabéns, sabem os nossos nomes, isso é bom», conta.

Depois de uma boa primeira época, André teve a oportunidade de mudar de universidade, mas, no último jogo da temporada, sofreu uma lesão grave. «Joguei praticamente os minutos todos na primeira época, só que no último jogo do ano passado lesionei-me e fui operado ao joelho. Estive cerca de dez meses parado, lá a recuperação é mais lenta porque querem ter a certeza que recupero bem. Foi uma parte difícil». Já totalmente recuperado, André volta a sonhar agora numa nova projeção no futebol norte-americano. «Apesar de ser um aliga universitária, há transferências. Não são transferências monetárias como na Europa, mas se uma universidade me vir jogar e gostar de mim pode-me oferecer uma bolsa maior. Eu fui com uma bolsa de 70 por cento, mas como joguei bem no primeiro ano, agora tenho uma bolsa que é praticamente total».

No final da temporada, se a equipa de André estiver bem cotada no ranking nacional, os jogadores pode ir para o draft, tal como acontece como na NBA, onde as equipas da Major Soccer League (MLS) vão recrutar jogadores. Os que não forem escolhidos, ainda podem jogar na Premier Development League (PDL), uma liga que se disputa verão, correspondente ao quarto escalão do futebol norte-americano. «É uma liga semi-profissional, dura um mês e meio, temos de fazer testes para essas equipas e depois a MLS vai ainda buscar muitos jogadores a essas equipas. Eu este ano, em princípio, vou participar numa dessas ligas de verão. Fico cá no verão, dão-me casa e arranjam-me trabalho. Como não posso receber dinheiro como estudante, arranjam-me trabalho. Se surpreender, se fizer uma boa época nesse mês e meio, é muito provável que as equipas profissionais me contatem».

Depois de quase ter desistido de chegar a profissional, André Eusébio tem uma nova luz ao fundo do túnel. «Se der no futebol, excelente, cumpri o meu sonho de ser profissional de futebol. Acho que tenho capacidades para isso, todos os treinadores que tive me disseram isso. Nunca se concretizou, até aos 16/17 anos nunca acreditei muito que era capaz, mas se tivesse acreditado mais talvez tivesse conseguido. Agora com um nível mais baixo, porque jogo com pessoas da minha idade e não têm tanta experiência como eu. O facto de já ter jogado no Sporting e no Estoril, deu-me muito mais experiência de jogo e noto que consigo ser superior à maioria».

O objetivo está traçado para agosto, mas até lá, André Eusébio tem muito que estudar e adaptar-se a um país onde tudo é diferente. «A começar logo pelas coisas básicas, como horários e comida. É muito difícil comer bem aqui, só há fast-foods e as alternativas são muito caras. Em termos de horários estava habituado a acordar 9/10 da manhã para ir para a escola e isso para mim já era cedo. Agora tenho treinos às 6 da manhã, almoço às 10h30, janto às cinco da tarde. No primeiro semestre, que é quando temos o campeonato, é muito difícil ter tempo livre. Depois do jantar temos três/quatro horinhas livre que são para estudar».

A este ritmo, André Eusébio praticamente não sai do campus da universidade. «É uma universidade pequena com três/quatro mil estudantes, é considerada pequena nos Estados Unidos. No primeiro ano vivi mesmo no Campus, dentro da universidade, mas agora estou num apartamento com mais dois brasileiros da minha equipa. Em Portugal, sais da universidade e depois fazes uma vida normal, nós lá não saímos daquele mundo entre a escola e o futebol. Conhecemos pessoas de todo o mundo, a minha escola tem um programa só para os estudantes internacionais em que fazemos muitas coisas juntos para facilitar a integração. Vamos jogar bowling, vamos ao cinema, ajudamos pessoas desfavorecidas. Isso ajuda-nos a preencher bastante o tempo».

Fora do Campus universitário, André Eusébio encontrou uma sociedade fechada onde a maioria da população é favorável às políticas do recém-empossado presidente Donald Trump. «Eu antes de ir para lá não ligava muito à política dos Estados Unidos, mas agora que estou lá, é estranho encontrar mentalidades muito diferentes e muito mais fechadas do que a nossa. Ainda por cima estou num Estado que apoia o Trump. Não é a cem por cento, mas acho que cerca de 80 por cento do Tennessee apoia o Trump. Se não fossem os portugueses e os brasileiros que estão lá ia sentir-me muito à parte. São pessoas muito fechadas, não digo racistas, porque se calhar é uma palavra muito forte, mas são muito orgulhosos deles próprios e já assisti a casos de xenofobia».

A verdade é que o Eusébio, André Silva para os americanos, está de novo determinado em singrar no futebol e em chegar aos drafts que lhe podem voltar a abrir as portas do futebol profissional. Boa sorte Eusébio!

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