O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) constituiu três arguidos e detetou dez jogadores em «situação documental irregular» durante uma operação realizada em 26 clubes.
Nove dos atletas foram notificados para abandono voluntário do país no prazo de 20 dias, sob pena de, em caso de incumprimento, virem a ser detidos e objeto de processos de afastamento coercivo. O outro jogador foi notificado para comparência no SEF, uma vez que dispunha de condições para requerer a respetiva regularização documental.
Um agente desportivo foi constituído arguido, por auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, após terem sido efetuadas buscas domiciliárias a sua casa.
Foi ainda constituído arguido um atleta, por falsificação de documentos, e um clube, cujo nome não foi revelado, por auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.
No total foram fiscalizados 26 clubes de futebol e identificados 502 atletas, dos quais 194 eram estrangeiros.
A operação, que decorreu durante uma semana, confirmou «o resultado positivo desenvolvido upo de trabalho onde está representado o SEF, a Federação Portuguesa de Futebol, a Liga e o Sindicato de Jogadores», afirmou a o SEF, esclarecendo ainda objetivos da mesma: «Esta operação tinha como objetivos a prevenção e a sinalização de situações enquadráveis em comportamentos criminalizados, designadamente tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal. Tinha também o propósito de apurar qual o grau de cumprimento das determinações legais e regulamentares, do ponto de vista desportivo em vigor, algumas recentemente implementadas pela Federação Portuguesa de Futebol», concluiu.
Recorde-se que, em 2018 foi realizada uma ação semelhante, num universo menor de clubes e atletas estrangeiros identificados, onde o SEF encontrou 18% de atletas em situação irregular, quase o triplo dos que foram registados na fiscalização deste ano.