Os sacos de plástico biodegradáveis, utilizados pela maioria dos supermercados, não se degradam tão depressa quanto se pensava e podem não ser amigos do ambiente, de acordo com uma investigação financiada pelo governo britânico, escreve a Lusa.
Um estudo da Universidade de Loughborough sobre plásticos considerados degradáveis ou biodegradáveis concluiu que há incertezas sobre o seu impacto no ambiente, noticia a edição online do «Telegraph».
Sacos, sacolas e embalagens flexíveis, feitos de plásticos comuns, com poucas quantidades de químicos para acelerar o seu processo de degradação, também não são adequados para reciclar com outros plásticos ou reutilizar.
Na sequência do estudo financiado pelo Departamento de Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, o governo britânico pediu à indústria para que não anuncie que estes plásticos são melhores para o ambiente do que os convencionais.
Os plásticos degradáveis contêm aditivos para facilitar a sua degradação em pedaços mais pequenos mais rapidamente, com a ajuda de calor ou de luz. Só depois é que se inicia o processo de biodegradação, provocado por micróbios.
Segundo o relatório, acrescentar componentes metais aos plásticos não melhora o seu desempenho ambiental e «potencialmente aumenta alguns efeitos negativos».
Os investigadores concluíram que é difícil estimar quanto tempo os plásticos podem demorar até se degradarem. No entanto, aponta-se para um prazo variável de dois a cinco anos, caso os materiais sejam deixados num ambiente aberto no Reino Unido.
O processo de biodegradação, que só se inicia quando o plástico está fragmentado em pequenos pedaços, acontece devagar. Muitas vezes, mais devagar do que os materiais plásticos compostos.
O estudo levanta preocupações sobre o impacto que os fragmentos plásticos podem causar na natureza, uma vez que podem ser consumidos por insectos, peixes e outros animais.
Sacos biodegradáveis podem não ser «amigos»
- tvi24
- PP
- 11 mar 2010, 20:59
Conclusão é de uma investigação financiada pelo governo britânico
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