UEFA abre inquérito contra a Rússia pelos incidentes em Marselha - TVI

UEFA abre inquérito contra a Rússia pelos incidentes em Marselha

Inglaterra-Rússia, confronto entre os adeptos (Reuters)

Adeptos russos vão ser investigados por «provocação de distúrbios, comportamento racista e uso de material pirotécnico»

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A UEFA abriu um procedimento disciplinar a Federação Russa de Futebol, na sequência dos confrontos entre adeptos russos e ingleses em Marselha durante o jogo entre as seleções dos dois países, do Grupo B do Euro2016. O Comité de Controlo, Ética e Disciplina do organismo vai analisar o caso a 14 de junho.

Os adeptos russos vão ser investigados por «provocação de distúrbios, comportamento racista e uso de material pirotécnico» pelo Comité de Ética e Disciplina do organismo regulador do futebol europeu, que decidirá eventuais sanções durante uma reunião marcada para terça-feira.

Depois de três dias de violência na zona do porto velho de Marselha, os incidentes alastraram-se às imediações e ao interior do estádio Velodrome, palco do jogo entre ingleses e russos, realizado no sábado, que terminou empatado 1-1.

A UEFA já tinha condenado veementemente os episódios de violência e esclarecido que só poderia atuar no perímetro dos recintos do Euro 2016.

Durante a tarde de sábado, os tumultos na zona do porto velho provocaram 19 feridos, entre os quais um inglês em estado grave, enquanto já perto do estádio a polícia recorreu a gás lacrimogéneo e a um canhão de água para dispersar os adeptos.

O adepto inglês ficou entre a vida e a morte depois de ter sido agredido, cerca das 17h30, «com barras de ferro, aparentemente na cabeça», indicou uma fonte policial.

«As equipas de socorro tentaram reanimá-lo no local, antes de ser transferido para um hospital, acrescentou. O prognóstico vital está comprometido», afirmou o prefeito da polícia de Bouches-du-Rhône Laurent Nunez, reconhecendo que as altercações envolviam «adeptos ingleses, russos e franceses».

Incidentes semelhantes tinham já sido registados na quinta e sexta-feira, em Marselha, mas entre menos adeptos e sem causar feridos graves.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, condenou «o comportamento irresponsável e deliberado de pseudo-adeptos», na sequência dos «incidentes inaceitáveis» em Marselha.

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