«Griezmann não é um solista e mostra-se sempre disponível e com frescura para a equipa» - TVI

«Griezmann não é um solista e mostra-se sempre disponível e com frescura para a equipa»

França-Islândia (Reuters)

Didier Deschamps destacou o papel do avançado também no coletivo dos «Bleus».

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*Enviado-especial ao Euro 2016

Didier Deschamps foi várias vezes a responder, este sábado, sobre o momento de forma de Antoine Griezmann, melhor marcador do Euro 2016, e decisivo nos triunfos da seleção francesa até à final. O avançado melhorou muito quando passou a jogar numa posição mais central, mas o treinador desvalorizou a questão.

«Já mudei várias vezes de sistema, o Antoine Griezmann tem participado numa posição em que joga muito bem, e frequentemente no Atletico Madrid. Às vezes cai mais nas alas, mais na direita. Tem jogado muito bem, tem sido decisivo para nós, e importante ao ajudar a equilibrar a equipa. Já foi e é capaz de jogar noutros registos se eu achar que é melhor para a equipa», avaliou, antes de levar a sustentação do momento do goleador também para o coletivo: «Griezmann teve uma época carregada. Digeriu bem a derrota na Liga dos Campeões, e tem muita qualidade. É muito eficaz e é muito importante para a equipa. Joga e faz jogar, não é um solista, mostra-se sempre cheio de frescura e disponível para a equipa. Tem estado muito bem, mas depende da equipa, dos seus parceiros e de quem lhe tapa as costas.»

O selecionador não quis também comparar Portugal da meia-final de 2000 com o desta final: «Detesto comparar gerações. Foi há 16 anos. Mas os portugueses em 2000 eram muito fortes, muito difíceis de bater. Estão agora na final e merecem-no. É normal e legítimo que possam pensar ser campeões europeus, o passado já lá vai. O mais importante para ambas as seleções é o jogo de amanhã», disse, antes também de se recusar a falar do último particular com a seleção das quinas vencido com um golo de Valbuena: «Desde que ganhámos em Portugal passaram-se muitas coisas, algumas negativas. Mas os jogadores chegaram aqui com mérito, e este é o jogo mais importante. A seguir a este encontro há um título.»

Deschamps elogiou também a prestação da sua mais recente dupla de centrais. «Não sei se falam ou não dele, mas Koscielny sempre esteve aqui. Está habituado a estar integrado na família da seleção, esteve no Mundial, embora não tenha jogado os jogos todos. Está mais batido, fez uma grande época no Arsenal, tem estado a um nível muito elevado e precisamos dele a este nível. Não há um que seja mais do que os outros. Se estão na lista de convocados, numa altura ou noutra vão desempenhar o seu papel. Tenho de vos dizer que o Samuel Umtiti não me tem surpreendido. Escolhi-o porque trazia mais-valias à equipa, não porque não havia mais ninguém. Tenho confiança nele e ele sabe-o. É muito jovem, mas há muitos jogadores que aos 30 não têm maturidade e outros que aos 20 já são muito maduros. É muito tranquilo, não tem oscilado psicologicamente, embora seja a primeira meia-final que tenha jogado. Tem muitas qualidades futebolistas e grande força mental para jogar ao mais alto nível», assegurou.

O técnico acha que os que falharam o Euro por lesão «estarão no estádio amanhã», mas garante que só está concentrado «apenas nos 23.»

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