O que há em Cristiano do menino Ronaldo do Euro 2004? O que resiste neste ponta-de-lança batido e experiente do extremo diabólico que convenceu o Manchester United a contratá-lo?
Na véspera da estreia de Portugal no Europeu, Cristiano deu a cara e assumiu uma maturidade digna de elogios ao falar sobre si mesmo.
«Não sou o mesmo jogador que era há 18 anos, há dez ou há cinco. Vamo-nos adaptando. A inteligência de um jogador vê-se na capacidade que tem em adaptar-se a uma realidade diferente», afirmou Cristiano em conferência de imprensa, na Puskas Arena.
Cristiano assume estar diferente, mas avisa que o próprio jogo mudou. E foi isso que também o forçou a estabelecer algumas mudanças no relvado.
«O jogo está diferente, a minha capacidade está diferente, a maturidade é diferente. Um jogador capaz de ter longevidade é o que consegue adaptar-se aos diferentes momentos do futebol. Se vocês analisarem, e os números falam por si, tenho-me adaptado sempre, dos 18 aos 36 anos.»
Os números são, de facto, evidentes e mostram um Cristiano sempre disposto a elevar a fasquia. Mesmo quando a sua equipa não ganha, como foi o caso da Juventus nesta época.
«Todos os anos são épocas positivas, independentemente de ganhar troféus ou não. Trabalho para conseguir sempre algo a nível individual e coletivo.» Para Cristiano, «adaptação» é a palavra-chave. E como ele se tem sabido adaptar.
Ronaldo: «Não sou o mesmo de há 18 anos, tenho-me adaptado»
- Sérgio Pires
- enviado-especial ao Euro 2020
- 14 jun 2021, 16:06
Avançado da Seleção Nacional diz que a palavra-chave da carreira é «adaptação»
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