Portugal-Sérvia, 2-1 (destaques) - TVI

Portugal-Sérvia, 2-1 (destaques)

Portugal vs Sérvia (Lusa)

Moutinho recuperou o controlo e não mais o largou

A figura: João Moutinho
A exibição lusa esteve sempre um pouco anexada à exibição do médio do Mónaco. Portugal reduziu demasiado o ritmo após o golo inicial e permitiu que a Sérvia crescesse. Moutinho libertou-se então mais do posicionamento como interior direito e pegou mais no jogo, devolvendo o controlo do jogo à equipa das quinas. Na segunda parte reforçou essa disposição para marcar o ritmo de jogo, e mediu com brilhatismo o passe para o golo do triunfo, apontado por Coentrão.

O momento: minuto 63
Um grande golo de Matic tinha dado o empate à Sérvia, dois minutos antes, e o terceiro duelo entre Portugal e Sérvia ameaça terminar empatado a uma bola, tal como os anteriores, mas a equipa das quinas reagiu de imediato e voltou a adiantar-se no marcador ao minuto 63, com um golo de Fábio Coentrão, a passe de Moutinho. O tento que garantiu o triunfo e que colocou Portugal bem mais perto do apuramento.

Outros destaques:

Fábio Coentrão
Confirmou-se a utilização como interior esquerdo, procurando ajudar Eliseu e permitir que Ronaldo não tivesse de se preocupar em fechar esse lado, procurando também a vocação ofensiva que sempre teve (é bom não esquecer que foi adaptado a lateral esquerdo). A aposta revelou-se acertada, não só por ter marcado o golo da vitória e ter feito a assistência para o tento de Ricardo Carvalho, mas também pelo equilíbrio que deu à equipa.

Cristiano Ronaldo
Que golaço que ia marcando, aos 29 minutos!! Fantástico pontapé de longe do capitão de Portugal, respondido por Stojkovic com uma espantosa defesa. Voltou a ter liberdade total de movimentos na frente, agora reforçada pela presença de Coentrão no lado esquerdo do meio-campo, e mostrou-se muito dinâmico, a querer contagiar a equipa. Participou no lance do golo da vitória, apontado por Coentrão, e na parte final do encontro voltou a puxar dos galões para que a equipa segurasse o triunfo conservando a posse de bola.

Bruno Alves
Apresentava-se na convocatória como a terceira opção para a defesa, atrás de Pepe e Ricardo Carvalho, mas aos quinze minutos de jogo teve de assumir o estatuto de líder do setor, perante a saída forçada de Carvalho e a entrada de José Fonte. Juntou segurança à garra habitual e impôs tranquilidade ao setor, mostrando que está aí para lutar pela titularidade.

Ricardo Carvalho
Regressou aos golos pela Seleção Nacional, oito anos depois, mas teve pouco tempo para saborear o momento. Seis minutos depois foi substituído por lesão, provavelmente sofrida no momento em que conseguiu um desvio importante a um remate de Tadic.

Matic
Mereceu elogios portugueses ao longo de toda a semana, e foi muito bem vigiado (Moutinho e Danny, sobretudo), o que reduziu a sua influência na construção de jogo, mas ainda assim fica na história do jogo com um grande golo, um «pontapé-moinho», na sequência de um canto.

Ljajic e Tadic
O primeiro a construir, o segundo a definir. Foram estes os elementos mais perigosos da Sérvia. Ljajic teve em Tiago um opositor à altura, mas com a sua mobilidade foi sempre criando situações de perigo, muitas vezes à procura de Tadic, que não se fixou na esquerda e apareceu muitas vezes em zona de finalização. Os melhores remates sérvios foram seus, embora sem exigir muito de Rui Patrício.
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