Euro 2020: Croácia-Escócia, 3-1 (crónica) - TVI

Euro 2020: Croácia-Escócia, 3-1 (crónica)

O génio de Modric prolonga um verão aos quadradinhos

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O jornalismo não deve ser quadrado. Aliás, a vida não deve ser quadrada.

Mas nas grandes competições de futebol, a malta tende a engraçar com os quadradinhos.

Talvez a culpa seja daquele verão de 98. De Boban, De Prosinecki e, sobretudo, de Suker.

Os equipamentos chamam a atenção. E aquela seleção vai de quase desconhecida – pelo menos para um miúdo de 10 anos – a semifinalista e grande revelação do ‘Mundial de Ronaldo’. O Fenómeno. Que Fenómeno!

Mas dizíamos, desde 1998, não conseguimos deixar de torcer pelos rapazes de camisolas aos quadrados, a menos que eles joguem contra Portugal – ah, 2016!.

E por isso, é estranho chegar-se à última jornada da fase de grupos de um Europeu e ver a Croácia aflita para seguir em frente e a precisar de derrotar uns bravos ‘armários’ escoceses com alma que vai de Glasgow até Baku, ou onde mais este Europeu quiser ter paragem.

Nikola Vlasic, senhor de uma história imperdível e até há não muito tempo ‘apenas’ o irmão da grande Blanka Vlasic, é o primeiro a acalmar o ímpeto dos escoceses, com um golo aos 17 minutos, muito contra aquilo que se tinha visto até então.

Porque os primeiros minutos fazem-nos ter alguma pena dos jogadores croatas, incapazes de jogar devido à intensidade colocada em jogo pelos escoceses. O golo de Vlasic mudou o cenário, mas com McGregor a empatar em cima do intervalo, as coisas voltam a ficar negras para ambas as equipas, que sabiam que só a vitória lhes iluminava o caminho para os oitavos de final.

Mas quem tem Luka Modric está sempre mais perto de vencer.

O pequeno génio croata surgiu em todo o esplendor pouco depois da hora de jogo para, num remate a fazer lembrar Ricardo Quaresma, de trivela, voltar a dar vantagem à Croácia.

Um golo que fez Modric, que já era o croata mais novo de sempre a marcar numa fase final de um Europeu, aos 22 anos e 273 dias (2008), tornar-se também no mais velho, aos 35 anos e 286 dias.

E os escoceses cansados. Porque, entretanto, o conjunto báltico percebeu que o adversário não gostava muito de andar a correr atrás da bola e meteu a bola a andar de pé para pé, fruto da melhor qualidade técnica, e estafou os matulões do outro lado.

Ao ponto de nem nas bolas paradas manterem a vantagem que o físico lhes conferia. Prova disso foi o 3-1, nascido de um canto de Modric para a cabeça de Perisic garantir, não só um lugar nos oitavos, como o segundo lugar no grupo, ultrapassando a Rep. Checa na diferença de golos.

E assim, a garantia: os quadradinhos vermelhos e brancos vão continuar a animar a malta neste verão.

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