Clima económico em Portugal piorou em Maio - TVI

Clima económico em Portugal piorou em Maio

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O indicador de clima económico em Portugal, que reflecte as opiniões dos empresários da indústria, comércio, construção e serviços, piorou ligeiramente em Maio, pelo segundo mês consecutivo, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de clima económico situou-se em menos 0,4% no trimestre terminado em Maio, após menos 0,3% nos três meses concluídos em Abril.

O agravamento do clima económico deve-se aos níveis de confiança mais baixos no comércio e nos serviços, enquanto nas indústrias transformadoras e na construção a tendência foi de recuperação.

A confiança dos consumidores melhorou em Maio pelo quarto mês consecutivo e atingiu o valor máximo dos últimos três anos, situando- se em menos 30,4 por cento nos três meses terminados em Maio, com todas as componentes do indicador a contribuírem para a melhoria.

O indicador de confiança na indústria transformadora apresentou no trimestre terminado em Maio a terceira melhoria consecutiva, situando-se em menos 9,6%, embora esteja ainda longe dos níveis médios da série, indica o INE.

Destaca que apenas o comportamento da procura global não contribuiu para esta melhoria contribuindo para a recuperação as opiniões sobre a produção nos próximos três meses e sobre as existências em armazém.

O indicador de confiança da construção recuperou pelo sétimo mês seguido, fixando-se em menos 40,5 por cento nos três meses terminados em Maio, devido à melhoria das opiniões sobre as perspectivas de emprego, contrariada pela degradação da carteira de encomendas.

A confiança no comércio deteriorou-se nos três meses concluídos em Maio, invertendo a tendência dos três meses precedentes, e o indicador de confiança situou-se em menos 6,1%.

A confiança melhorou ligeiramente no comércio a retalho, com o indicador a situar-se em menos 5,2%, mas piorou sensivelmente no segmento grossista, para menos 7% no trimestre terminado em Maio.

Deterioraram-se as opiniões dos comerciantes sobre a actividade actual e o nível de existências em armazém, enquanto as expectativas sobre a actividade futura apresentaram uma ligeira recuperação.

O indicador de confiança nos serviços caiu pelo sexto mês consecutivo, situando-se em menos 2,7% no trimestre terminado em Maio, devido aos contributos negativos das avaliações sobre a actividade recente e a carteira de encomendas, enquanto as perspectivas da procura melhoraram.
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